Penamacor
As origens de Penamacor estão envoltas na bruma dos tempos, pouco ou quase nada se conhecendo a esse respeito. Dizem alguns ter sido esta vila pátria do rei Wamba, o famoso rei dos Godos que governou a península desde 672 até 682.
Só a partir do reinado de D. Sancho I é que a história de Penamacor se define com alguma clareza. Sendo o concelho de Penamacor quase tão antigo quanto Portugal, foi este nosso segundo rei que desapossou os mouros deste território nos finais do séc. XII, concedeu Carta de Foral à vila e seu termo, cujas disposições em matéria de privilégios eram de molde a incentivar o povoamento e a assegurar a defesa dos limites conquistados, e entregou-a aos Templários na figura do mestre D. Gualdim Pais, que a fortificou.
Política e militarmente, a posição de Penamacor viria a assumir particular relevância ao longo de vários séculos no contexto das relações com os reinos vizinhos, primeiro com Leão e mais tarde com Castela e Espanha. O desenvolvimento da vila nos finais do século XII deve-se à necessidade de protecção da fronteira portuguesa, pelo que foi construído um grande castelo de que ainda hoje restam vestígios, considerado monumento nacional.
Hoje, falam-nos desse passado os monumentos que resistiram ao tempo e aos homens, enquanto que da corrente viva que une e caracteriza o território concelhio nos falam as suas gentes, seus costumes, tradições e crenças.
Segundo uma das lendas, o nome desta vila terá origem num célebre bandido que aqui terá habitado, de nome Macôr. Segundo dizem, este salteador vivia numa caverna a que davam o nome de Penha. Com o passar dos tempos, o nome adulterou-se e passou a chamar-se Pena, ficando assim a terra a ser conhecida por Penha de Macôr ou Pena Macôr.
Segundo outra versão uma luta feroz entre os seus habitantes e salteadores originou tanto derramamento de sangue e de tão má cor, que a vila ficou a ser conhecida por Penha de má cor.
Ainda outra refere que nesta zona existiam duas povoações, ambas localizadas em montes, Pena de Garcia e Pena Maior. Com a adulteração da pronúncia Castelhana, Magor passou a ser Macor, dando origem a Pena Macor.
Seja qual for a origem do nome, o certo é que representa uma das vilas mais bonitas e castiças do País.
Património arquitectónico e arqueológico
Por mais modesto que possa ser, o conjunto edificado de um lugar conta sempre a história do povo que o edificou, consubstanciada no adorno de uma fachada, no aprumo de uma imagem de devoção, no rudimento de um casebre de xisto; e a diversidade de histórias contidas num lugar multiplica-se em relação directa com a diversidade de lugares.
O concelho de Penamacor encerra, quer na tipologia do seu edificado, quer geograficamente, uma variedade de núcleos urbanos e paisagens naturais dignas de realce. Estar disponível para olhar e receber, tanto é o que se exige do visitante.
Natureza
Quando se avança por uma estrada e nos adentramos por um lugar, por uma região, os sentidos são imediatamente despertos pela paisagem que corre ao nosso lado ou se espraia ao longe. Penamacor oferece aos viajantes que cruzam o seu território esse bálsamo primordial que alivia e reconforta, quebra o “stress” e apela às nossas raízes mais profundas e telúricas. Para os que amam a natureza, vir ao concelho de Penamacor, e em particular à Serra da Malcata, é como regressar a casa para viver uma experiência única. Diferente!
Referencias / References:
http://www.cm-penamacor.pt/cgi-bin/historia.php
http://www.cm-penamacor.pt/roteiros/roteiro_concelho.htm
A cache:
Esta cache pretende dar a conhecer a vila de Penamacor, o seu casario ancestral e em especial o castelo e a sua torre de menagem.
Desejo-vos um bom passeio e uma boa caçada!
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