Se os vales e outeiros dão corpo à parte Norte do concelho de Ourém, os rios e ribeiras que por aí serpenteiam são as suas veias. Por aqui circula a água que traz vida e frescura às suas margens, criando, espaços e lugares aprazíveis embalados pelo chilrear da passarada. Por vezes foi esse o sítio escolhido para, no tempo dos reis e rainhas, cavaleiros e fidalgos terem construído as suas quintas e solares. De facto as ribeiras são o melhor amigo do homem nestas paragens; para além de lhe proporcionarem frescura e lazer, sedentam-lhe os campos, aumentam-lhe a produção, movem-lhe moinhos. Ao longo de rios e ribeiras é, pois, um trajecto de verdura e frescura, onde as ruínas de lagares, açudes e pisões completam o cenário e preenchem a memória de um quotidiano ribeirinho que os novos tempos fizeram murchar. Seguindo o curso das ribeiras de Seiça e Caxarias desembocamos no rio Nabão. Aqui os vales férteis ribeirinhos encontram o meio cársico agreste que os faz minguar até à nascente do Agroal, um dos locais mais pitorescos de toda esta região. A Nascente do Agroal, uma exsurgência de onde brota uma parte significativa do caudal do Nabão, é um lugar de lazer e de banhos públicos na piscina ali improvisada. Região de natureza selvagem com grandes escarpas talhadas pelas águas ao longo dos milénios, apresenta-se como um meio ecológico rico e variado, resultante da peculiaridade do meio cársico ser rasgado por um rio que, congregando a força de várias ribeiras, vai ignorando obstáculos, teimando em prosseguir o seu percurso.Locais esses onde perdominou a ocupação neolítica, onde foram encontrados vestígios de ocupação humana. As cavidades existentes por toda a margem do Nabão dão a este local um especial interesse espeleologico e arqueológico. COMO LÁ CHEGAR Quem se desloca do concelho de Tomar, dirige-se em direcção à estrada de Ourém/Leiria, e corta à direita na placa que diz Agroal, poucos quilómetros acima da povoação de Carregueiros. Para lá chegar passa ao lado da povoação do Suimo e pelo caminho vai encontrando várias placas de sinalização (Casal Julião, Água Boa, Bairro etc.) que anunciam pequenos casalejos perdidos e semi-abandonados nos pinhais ou eucaliptais da região. Até lá chegar percorre um caminho sinuoso e mergulha na encosta de uma escarpa, descendo até dar com um rio desprezado entalado entre duas margens de betão mal acabadas, numa linguagem mais popular “mal amanhadas”. A CACHE A cache situa-se a poucos km do Agroal. Como indica a descrição acima, quem vem da estrada de Tomar/Leiria em direcção ao Agroal deve estacionar o veiculo nas coordenadas 39º 40.4752’ N, 008º 26.3978’ W, que fica antes de chegar ao rio e seguir o caminho a pé. Para os amantes do TT esse percurso dá para fazer com veiculo todo o terreno ou ainda melhor de bicicleta, em ambos os casos deve seguir essa estrada de terra em direcção ás coordenadas 39º 40.5251’ N, 008º 26.0860’ W, onde encontraram uma cabana em pedra (actualmente a cair) onde antigamente os agricultores que por ali cultivavam guardavam os utensílios, nessa cabana encontram a primeira cache (micro-cache WP1) e que contem as indicações para a cache seguinte (WP2). A partir daqui é sempre a pé, levem água porque não é longe mas o percurso é muito desgastante e demoroso. As indicações devem ser seguidas á regra e atenção, este é um local a preservar, não fazer trilhos novos, não fazer fogo e principalmente cuidado com os precipícios… As pistas dadas levam a um local magico, com uma paisagem magnifica, onde relembro que devem ser seguidas todas indicações á regra para evitar acidentes. Para encontrar a segunda cache (WP2) podem utilizar equipamento especial: Capacete; Cordas; Arnês; Bussula; E todo o equipamento indispensável para rappel e escalada. O local está equipado com spitts (buchas metálicas) onde podem fazer as amarrações, ou podem simplesmente amarrar as cordas a uma arvore. Para o pessoal que não possa ou saiba fazer esses desportos ou não tenha equipamento, significa que terá que encontrar a segunda pista percorrendo uns metros por meio de arbustos e mato agreste… paciência… e cuidado com as silvas... mas aproveitem que o trilho está bem visivel, ou não..... Todas as indicações estaram nos locais devidos. Nesse container (WP2) encontram finalmente as pistas (coordenadas) para a ultima cache. Atenção a cache encontra-se num local que dizem ter sido ocupado por um ermita, de difícil acesso. Se o virem digam que eu lhe mando cumprimentos… eh eh eh! Depois de encontrarem esta multi-cache o mais provavél é quererem repetir e descobrir mais locais magníficos no meio desse canhão fluviocarsico de matas mediterrânicas…. Para mais informações: Região de turismo dos templários, Posto de turismo de Tomar ou Centro de Estudos e Protecção do Património da Região de Tomar. Atenção: NÃO ALTEREM A LOCALIZAÇÃO DOS CONTAINERS, nao danifiquem, deixem tudo como encontraram.