O Jardim da Sereia foi criado no século XVIII a partir do ajardinamento de uma área da Cerca do Mosteiro de Santa Cruz.
Obra idealizada e construída no tempo de D. João V, Coimbra ficou a dever o parque da Quinta de Santa Cruz a Frei Gaspar da Encarnação, ministro que, entre 1723 e 1752, reformou o Convento de Santa Cruz, que é considerado um dos mais importantes monumentos da cidade e que começou a ser edificado em 1131.
De acordo com os documentos da época, tratava Frei Gaspar da Encarnação de criar um parque luxuoso, "próprio à contemplação e ao devaneio dos artistas", transformando a Quinta de Santa Cruz, que se estendia "por todo o vale da Ribela, desde o Mosteiro de Celas, tendo de um lado a cidade de Coimbra a outro hum monte de oliveiras".
A entrada do Jardim da Sereia, voltada para a Praça da República, é coroada por três estátuas representando a Fé, a Caridade e a Esperança.
O Jardim da Sereia, também conhecido como Parque de Santa Cruz, foi então dotado de artísticos tanques, fontes e de um recinto para o jogo da péla.
O Terreiro da Péla, que já foi dos Crúzios, continua com a sua cénica cascata ao fundo. Ao cimo das escadas, a Fonte da Nogueira com uma estátua representando um Tritão abrindo a boca a um golfinho, de onde corre a água para a fonte, o que nos explica o motivo pelo qual o jardim passou a ser denominado como "Jardim da Sereia."
A Alameda de Stº Agostinho, denominação originada por um painel de azulejos alusivos ao Santo que outrora aí existia, é ainda povoada por loureiros e todo o Jardim continua a ser um memorável espaço de frescura e exuberância.
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