Casa do Paço
A casa do Paço situa-se no Largo da Igreja de Donas. Trata-se de um notável paço quinhentista de estilo manuelino, com influências de gótico, pertenceu à família do célebre cardeal de Braga, D. Jorge da Costa, natural de Alpedrinha. De planta rectangular simples, apresenta dois pisos e alçados em granito aparente. Na fachada principal, dispõe-se uma escadaria de dois lanços que conduz ao balcão que serva o portal da casa. A varanda é sustentada por um arco pleno enquadrado por dois contrafortes pilastrados de cariz maneirista. O portal, flanqueado por quatro colunelos emoldurando quadrifólios, apresenta arco abatido rematado por três cogulhos. À direita, abre-se um belo janelão em arco canopial de ornamentação semelhante à do portal. Na esquina, rasga-se uma janela de ângulo sobrepujada por cinco cogulhos, com dois arcos plenos de duas arquivoltas separados por um mainel. Os alçados secundários são servidos por varandas alpendradas em madeira, tipicamente beirãs.
Classificada Imóvel de Interesse Público pelo Dec. 129/77 de 29 de Setembro.
Capela dos Pancas
Construída nas meadas do século XVII do lado direito da Igreja Matriz e no plano da capela-mor, adossa-se a Capela dos Pancas, quinhentista e de estilo manuelino.Foi, muito provavelmente, construída pela família de cardeal de Alpedrinha, D. Jorge da Costa, possuidora na povoação de Casa do Paço. Tal como este solar, a capela apresenta vários elementos ornamentais manuelinos. De alçados graníticos, apresenta esquinas contrafortadas por botaréus rematados por pináculos. Do topo de cada um dos cunhais projecta-se uma gárgula zoomórfica. Sobre os paramentos corre uma dupla cornija ornamentada, rematada por platibanda e pequenos pináculos.
No seu interior, o tecto, em abóbada é formado por três arcadas que se reúnem no meio, sob um florão. Neste existe uma placa com a coroa de Espinhos. Nas arcadas, um pouco afastadas do centro, há outras três placas, onde estão pintados, numa a Escada, a Lança e a Esponja, noutra, o Martelo e os Cravos, e na última, o Galo.
No altar, existe uma valiosa imagem, de madeira, em tamanho natural, de Jesus crucificado. Foi incorporada na actual igreja em 1868. Edificada no século XVI e encontra-se classificada como imóvel de interesse público, por decreto n.º 129/77, publicado em Diário da República n.º 226, de 29 de Setembro.
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