Esta estação detinha, em 2004, a categoria D da Rede Ferroviária Nacional. Em 2009, apresentava duas linhas, ambas com 198 metros de extensão, e duas plataformas, a primeira com 117 metros de comprimento, e a segunda 91 metros; ambas as plataformas tinham 40 centímetros de altura. Em 2011, ambas as duas linhas já tinham sido aumentadas até aos 205 metros, tal como as plataformas, que passaram a apresentar, correspondentemente, 125 e 197 metros de comprimento; não se verificaram modificações na altura das plataformas.
História
Esta interface abriu à exploração, junto com o troço desde o Apeadeiro de Poço Barreto, a 1 de Fevereiro de 1902; por ordem da direcção dos Caminhos de Ferro do Estado, não se realizaram quaisquer festejos. Até à abertura do troço seguinte, até Portimão, em 15 de Fevereiro de 1903, serviu como terminal provisório do Ramal de Portimão, prevendo-se que seria, então, requalificada como estação de segunda classe.
Devido ao acidentado relevo naquela zona, a estação teve de ficar na margem esquerda do Rio Arade; com efeito, um traçado pela margem direita passaria mais próximo da localidade de Silves, mas ficaria demasiado longe do importante concelho de Lagoa, e forçaria à construção de vários túneis, e de pontes sobre o Rio Arade e as Ribeiras de Boina e Odelouca. Por outro lado, o traçado que foi escolhido também facilitaria a construção de um ramal ferroviário para o Porto de Abrigo da Ponta do Altar, que estava, nessa altura, a ser planeado.
Após a abertura à exploração, a zona da estação passou a ser um dos principais pólos de atracção urbanos fora da localidade de Silves; com efeito, a estação em si empregava um elevado número de trabalhadores, cujas habitações já tinham sido erguidas junto à interface ferroviária. Este aglomerado populacional, denominado de 'Bairro da Estação', gozava, ainda, de boas ligações, por via rodoviária, com a cidade de Silves. Na gare da estação, realizaram-se vários bailes, o que contribuiu para aumentar a animação na zona.
Em data desconhecida, a estação sofreu uma alteração da classificação para um escalão inferior, o que provocou vários protestos por parte das populações.
Em 1933, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses realizou obras de reparação e de melhoramento nesta estação.
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