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O caminho da água Ferrea, Fonte das senhoras Traditional Cache

Hidden : 5/16/2012
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
3.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


 

FONTE DAS SENHORAS

 

 

 

O percurso da água férrea, foi utilizado para um passeio pedestre organizado pela Ccdl - Limeiras. Era por aqui que antigamente as gentes das Limeiras se deslocavam a Constância ( antiga vila punhete ), o caminho praticamente já não existe, mas graças ao esforço dos elementos desta coletividade, que cortaram grande parte do mato que cobria o antigo caminho foi possível descobrir este maravilhoso local.

Aqui existia uma fonte, hoje totalmente coberta pela vegetação, que era conhecida pela fonte das senhoras. Era a essa fonte que as raparigas de Constância vinham buscar água e aproveitar para namorar um pouco já que o local era bastante isolado. As raparigas das Limeiras não tinham vagar para isso, já que tinham de trabalhar arduamente no campo, talvez por isso apelidavam as de Constância de senhorinhas. Dizia-se que inclusivamente o poeta Camões aqui vinha escrever para elas.

Pode ainda observar-se uma ponte que servia também de açude, sendo a água depois canalizada por algumas levadas de que ainda se encontram alguns vestígios. Aqui existiam vários campos de cultivo sendo esta zona conhecida como o Casal que foi do Frade, por ter sido explorado por um frade que foi desterrado do Convento de Cristo em Tomar.

Em alguns locais da ribeira, hoje conhecida por ribeira das Balsas, é possível ver a coloração em tons de castanho, ou seja a tal água férrea.

Essa água já era conhecida á muitos anos como se pode ver nos documentos seguintes.

 

 

 

O percurso “Água Férrea” localiza-se em Limeiras, aldeia da Freguesia de Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha.
A aldeia de Limeiras é constituída por diversos lugares e casais, tais como: Cafuz, Caneiro de Baixo, Caneiro de Cima, Caneiro do Meio, Casal dos Cardadores, Casalinho, Casal das Figueiras, Portela de Laranjeira, Limeiras, Matos, Outeiro, Vale da Amoreira e Vale de Martinchel.

Território do Ozêzar
Todo o território de Praia do Ribatejo fazia parte do território de Ozêzar, mais tarde denominado por Vila de Payo de Pelle.
Foi em Outubro de 1159 que D. Afonso Henriques doou à Ordem do Templo o território do Ozêzar, com os seguintes limites: “pela Foz do Beselga, e daí, pela estrada que chama de Penela, até Alfeigiadoa, e daí, pelo cimo do monte de Alfeigiadoa, pela vertente das águas do lado de Tancos, e daí, como entra até ao fundo do pego do Almourol, e daí, pelo meio do Tejo até à foz do Zêzere, e daí, do Zêzere até à foz do Tomar (Nabão), e daí, pelo Tomar (Nabão), como vai até à foz do Beselga onde primeiramente fizemos o começo.”
Azevedo, Rui; “Documentos Medievais Portugueses – Documentos Régios”; Vol. 1, tomo 1, pp. 338 – 339, Doc. 27

No Século XII, Limeiras não existia como Aldeia, mas localizava-se no Território do Ozêzar. Contudo, a informação mais antiga é do Século XVI, mais propriamente de 26 de Fevereiro de 1504, no Tombo dos bens e propriedades da Ordem de Cristo, no julgado de Payo de Pelle, da Comenda da Cardiga.
Lisboa, A.N.T.T., Conventos de Tomar, Ordem de Cristo, Maço 30, Doc. s/n.º., fl. 113 – 140.

Em 1504 Limeiras pertencia ao julgado de Payo de Pelle, mas continuava a não existir como a Aldeia que se conhece hoje. Existiam diversos casais espalhados pelo território os quais eram constituídos, quase sempre, por uma habitação e por um celeiro, isto porque eram direccionados para a Agricultura, sendo casais rurais.
Os casais existentes no território conhecido por Limeiras eram os seguintes:

- Casal que foi do Mestrinho
- Casal que foi do Frade
- Casal que foi de Fernando Eanes
- Casal não Identificado (possivelmente o Lagar do Rio)
- Casal do Caldeiro
- Casal do Vale do Carregal
- Casal da Perdigueira
- Caneiro do Rei
- Olival da Azenha
Nota: Onde aparece “que foi” deve-se ao facto de o documento referir dessa forma, por serem os casais mais antigos.
 
 

 

PONTE DITA ROMANA E ÁGUAS MIRACULOSAS DE PUNHETE (HOJE DO CONCELHO DE VILA NOVA DA BARQUINHA)

«Junto a esta Villa de Punhete da parte Occidental do Rio Zezere desemboca para o mesmo o ribeiro Páeborôa entre montes,e penhascos d’hum, e outro lado. No mesmo ribeiro, distancia ao Zezere dois tiros de balla, se encontra entre rochedos huma fonte de Agoa ferrada, há muitos annos conhecida pelos seus prodigiosos efeitos(...)


Exemplos de casos de curas relatados em apêndice na mesma obra:

- Tenente General João d’Orda’S e Queiros, Comendador da Ordem de Cristo
-Francisco José, mercador da Covilhã
- R. Pedro Mauricio Pestana do Sardoal
- Um militar do regimento de cavalaria de Castelo Branco
- Ambrosio de Matos de desta vila
- Joaquim António Duarte da Silva Veloso, de Abrantes
- O Corregedor de Ourém, Doutor João Cláudio Ferreira
- Antonia Margarida, filha de Francisco de Sousa de Bemfica, termo de Santarém
- Reverendissimo João de Saldanha, Vigário da Vara da Golegã
- Honório Nicolau, de nação francesa, assistente na fábrica de chitas da Vila de Torres Novas e sua mulher Aurélia.

Muito importante: Estas águas só podem ser tomadas segundo as direcções prescritas.

In:
«Notícia Analítica das Ágoas Ferreas da Villa de Punhete, por Candido Antonio D’Oliveira e Silva, Lisboa, oficina Nunesiana, MDDCCXCIX (1799).»

 

Agradeço ao CcdL, pela partilha do local bem como da historia do mesmo, e ainda ao Dr. Fernando Freire.

 

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