Havia uma bela Moura, nos arredores da cidade de Coimbra, que vivia encantada. Dizia-se que era a mais bela daqueles montes. Invejada por muitas pessoas, acabou transformada numa serpente alada de duas cabeças. Passeava-se pelos montes à beira do Mondego; atormentada, amargurada, triste e prisioneira do seu encantamento. Uma cabeça chamava-se Pena: era seca, com montes, agreste, coberta de pedra, da qual se podia extrair cal. A outra chamava-se Cova: era verdejante e viçosa, deixava sempre um rasto fresco.
Quando os populares se cruzavam com ela, perante tal figura grotesca, fugiam de medo. Gradualmente as historias inventadas sobre a Fera dos Penedos eram mais medonhas. Todos a temiam, ninguém a conseguia enfrentar e ver a sua bondade. A Moura apenas desejava que alguém a conseguisse olhar, bem, no fundo dos seus olhos e conseguisse descobrir que ela era apenas uma jovem: bela, meiga e terna, que gostaria de amar e ser amada, mas que o seu destino tinha sido cruel. Com o passar do tempo a Moura acabou por se recolher cada vez mais num dos penedos à beira do Mondego, até que as pessoas deixaram de a avistar.
A Moura encantada virou lenda e acabou por dar nome aquela terra. Dizem os mais velhos que ela continua por lá e que por vezes ainda se consegue ouvir o seu lamento. Que ela se mantem à espera de algum destemido capaz de transpor aqueles penedos, de a olhar nos olhos e quebrar o seu encanto. O aventureiro de tal proeza é recompensado, escrevendo o seu nome no livro do tempo, imortalizando-o com um sopro de vida .
Cache - cuidados especiais:
O local onde a Moura repousa apenas pode ser alcançado a quem domina técnicas de Escalada ou Rappel.
Aborda o espaço apenas com cordas e calçado bem aderente. Um descensor stop talvez te ajude.
Nunca abordes o penedo sozinho.
Evita os dias de chuva, pois o terreno è escorregadio.
Ao local apenas deve descer ou subir uma pessoa de cada vez.
Não leves peso adicional (Mochilas e bolsas)
O sinal do GPS junto do GZ pode ser fraço. VEJAM O SPOILER! Levem material de escrita.