A freguesia da Estela é uma das terras mais antigas do concelho da Póvoa de Varzim. Foi pertença do conde Dom Mem Pais Roufinho, tronco dos Azevedos e também senhor de Vila do Conde, o qual com o seu filho Hermenegildo, venderam a freguesia da Estela a Dom Mendo III, Abade de Tibães. D. Afonso Henriques, em 1140, a coutou a Dom Ordonho IV, Abade de São Martinho de Tibães e seus religiosos por 600 alqueires de Pão (Corografia Portuguesa Tomo II). Este documento, segundo Flávio Gonçalves, é o primeiro no qual D. Afonso Henriques se intitula rei de Portugal.
Mas as suas raízes, recuam ainda mais no tempo, havendo vestígios da povoação proto-histórica, uma vez que foram encontradas peças de ourivesaria, atribuídas por José Fortes, à época pré-romana, fim da Idade do Ferro.
O “tesouro” da Estela é constituído por um colar de ouro, duas arrecadas e parte de um turquês do mesmo metal e fragmentos de ouro e prata, depositados numa colecção do Museu Soares dos Reis do Porto.
Estes achados, em conjunto com as arrecadas de Laúndos, contribuíram em muito para o conhecimento da Póvoa de Varzim como um dos principais locais de referência da arqueologia Proto-Histórica do Noroeste Ibérico.
A existência da mítica Vila Mendo é conhecida desde inícios do séc. XX, como dão conta José Flores e Deolinda Carneiro na obra “Subtus Montis Terroso”. De acordo com os autores. Foi em 1908 que foi encontrado, sob as areias das dunas, no lugar vulgarmente conhecido por Vila Mendo, na freguesia de Estela, um “tesouro”. O achado foi realizado por dois indivíduos da localidade, que cientes do frequente aparecimento no local de materiais antigos, levaram as “jóias” a um ourives (...) para procederem à venda. Este por seu lado, verificou o valor e a antiguidade das peças, tratando logo de alertar, Rocha Peixoto, etnógrafo poveiro, (...), este adquiriu o “tesouro” para o Museu Municipal do Porto. (...)
José Fortes e Cândido Landlot, os descobridores das peças, revelariam depois a R. Peixoto o local do achado e as circunstâncias do mesmo.
A área arqueológica em questão prolongava-se para a freguesia de Apúlia, concelho de Esposende, e também aí, foram sendo encontrados vestígios por alguns curiosos.
Por entre os agricultores imperava o silêncio acerca destas descobertas, mas a notícia de novos achados em cerâmica,
“tegula”, mós, etc, viria a ser conhecida na Póvoa de Varzim e mereceu, em 1937, o interesse do investigador Fernando Barbosa, (...).
Em Maio de 1981, os autores (...) deslocaram-se à zona acompanhados pelo Prof. Dr. Armando Coelho, conseguindo localizar o topónimo, mas sem encontrar mais vestígios a não ser um pequeno fragmento de “tegula”. Em Junho de 1992, numa nova prospecção na zona (...) descobriram «numerosos fragmentos de “tegula” num campo onde se iniciava uma extracção de areias. No dia seguinte, encontrava-se uma máquina a efectuar a referida extracção. O operador da mesma revelou ter encontrado numerosos fragmentos cerâmicos e deparado, momentos antes, com uma parede, que pudemos observar». Depois de alertados os serviços de Arqueologia do IPPAR e obtido a devida autorização, José Flores e Deolinda Carneiro procederam a trabalhos de escavação com carácter de urgência, sob a orientação do Prof. Dr. Armando Coelho Ferreira da Silva.
A Vila Mendo localiza-se num local privilegiado do ponto de vista natural e climático. A curta distância do Rio Alto situa-se a escassos 600 metros da linha actual da costa e enquandra-se num conjunto de outras estações que, na Antiguidade se encontravam ocupadas, como os casos da “villa” romana do Alto de Martim Vaz, Cividade de Terroso, Castro de Navais e Castro de Laúndos.
Os investigadores realizaram o levantamento topográfico do terreno envolvente e procederam à remoção de um enorma volume de areia que cobria as estruturas, que se encontravam apenas parcialmente visíveis.
A estrutura posta a descoberto pela máquina que recolhia a areia era uma parede de pedras de xisto e quartzito, que se empilhavam de forma aprumada, não sendo possível a utilização de argamassa. As paredes perfilavam uma construção de forma rectangular. Depois à medida que a areia ia sendo retirada, foram encontradas na “casa” diversos achados, como cerâmicas. Com o aprofundar da pesquisa, descobriu-se um outro piso conservado, composto por “tegulae investidas”. E sob este, um novo piso, embora muito estragado, formado por lajes de xisto. Por baixo do xisto, encontrava-se terra escura e foi neste nível que se deu o achado de um “sestércio” de Adriano, cunhado na cidade de Roma, em 117-138 d.C. Assim, a moeda veio ajudar os pesquisadores a datarem a ocupação média na Vila Mendo no séc. II d.C. (...)
Mas, nesta altura, a equipa de trabalho deparou-se com a existência da “sagração” (nome dado na região a um canal, mais ou menos sobterrâneo, destinado a retirar o excesso de água dos campos) e que perturbou intensamente os registos arqueológicos naquela zona.
Os autores do “Subtus Montis Terroso” relatam, como conclusão a...
A CACHE: Agora para saberem a conclusão dos autores, ou seja, o que aconteceu com Vila Mendo terão que ir ao local das coordenadas e verem o seu destino. Para além disso, podem procurar a cache. DIVIRTAM-SE.
Tenham muito cuidado ao manusear o container, é muito frágil. Não é necessário entrar na propriedade, nem destruir a vegetação. Sigam a hint, observem com atenção o groundzero antes de INICIAREM AS BUSCAS. Sejam cuidadosos. EM PRIMEIRO LUGAR PROTEGER A VEGETAÇÃO. LEVEM ALGO PARA ESCREVER. É FUNDAMENTAL DEIXAR A CACHE COMO A ENCONTRARAM.