The Getaway...
Sitting here on this vessel (if one can call it a boat), wrapped here in this corner contemplating the sky so dark and unreadable ... I don’t know if I should feel relieved, worried, anxious… It's all over, finally. But then, what awaits us?
Today wasn’t a premier. It’s been a while since the air thicken up, all around the convent. Something was up, everybody was so anxious and, even without knowing anything (at least most will never know anything), sensed something was about to happen.
The construction? It was such a hard working! I do not know what we took more time lately, whether it was the work or our obligations in the convent. I’m sure that we were devoting less time to our prayers, positively. Even the meals had become more frugal and hasty. In the construction’s behalf, every minutes were converted in work time. My hands are a living wound with calluses. Everyone’s hands looked like mine. Nobody asked if we knew how to hammer out, they assign us to work as masons, and, of course, none of us opposed.
At first, I thought we were building a wine cellar, later, with the building progress, as we were advancing in the work, I began to suspect that it was a tunnel. Didn´t dare to ask the purpose, but I implied that it would facilitate access to the sea and saw many advantages. But why all that secrecy? But then, why the secrecy? No one uttered the word tunnel, we used to refer to it as the construction. Nobody ventured asking Prior Matheus, still, one day, a fearless brother, or foolish, had the audacity to question the purpose of the tunnel.
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“ – Do not worry yourself with other’s business.” – said the Prior.
I have trusted him at all time. Prior Matheus always gave me security and I thought he ran the convent much better than its predecessor, Brother Tobias. But I have noticed the change in his behavior.He acted awkward, jumpy, grumpy and I even dare to say, fearful. But that’s just my head forwarding, ‘cause a man like Prior Matheus fears nothing. And this very dark-bearded man, with which Father Matthew meet so often lately, who is he? What secrets can they be arguing about that are making Prion Matheus so sullen? And the other who came here one day and never came back? Who was the man with the aristocrat aspect? On the day that this gentleman came here, Father Matthew was so furious that even went to work for the construction and seemed ... seemed possessed!
The work, which had been started long ago, suffered an unexpected breakthrough and there seemed to be some urgency to complete it.. Prior Matheus mentioned constantly about “those impostors that think they have the right to step in here”. I was also aware that the population around, with whom we used to live in harmony, was exalted with us. There was an unexplained fire in the barn and the wood pile. Two or three of our animals were found dead, in such an awful way it is hard for me to forget. It was almost a finger pointing to the village people, but I don’t want to misjudje.
I know the troops are coming, they sent a message to Prior Matheus, both ally and enemy, although I have no acquaintance of whom they might be. I saw that one of the missives had Sir Peter’s stamp, I’ve seen it before and recognized it immediately. The other one I have no clue to whom it belongs to, the info only gets to you if you smarten up!
And then came the day when we got up without having a single hour to sleep, I can not remember everything that happened. Prior Matheus demanded us to carry everything, through the tunnel, onto the boats that should be expecting us from the other margin.
He said: ” – Everything, must nothing be left behind. Nothing!”
It was crazy! All working as if in trance quickly load all that existed at the Convent and could be transported. And weirder still, all as quietly as possible! Everyone worked so hard and organized rehearsal like. Prior Matheus knew how to impose its authority and no one would dare to object it. We knew what amounted not to respect it. (Learned it the hard way, losing part of my finger ).
And then, they all did what Prior Matheus commanded, everyone brought everything. Everyone except me. In haste, I said goodbye to the Church of St. Anthony and Our Lady of Conception and… and went to get something I wanted to bring with me, now I hide it under my habit, next to my heart. And on that detour I did for my initiative…well, I got late and left something behind. Running out of time, I saw that there remained only one more boat and it was leaving whether I jumped or not . So I left my cargo behind. No one saw, I was the last.
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So now I have this mixed feelings: a mixture of fear, terror, freedom and joy, if it is possible such a mixture in a man’s soul! Unable to reach the other entrance to the tunnel, it was hidden. No one will ever find out, because we are never coming back, are we ? They will never find the tunnel, no one knows it’s there! Just us that are going to ... where to?
I will not harass me anymore. I’ll pull a canvas and try to rest. Prior Matheus must have everything planned. And that mistake, my bad, will remain in secret.
And where are the stars tonight? What a peaceful sea ! |
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About the cache
Attention:
a) Do this cache with low tide.
b) You will need a flashlight.
c) Walking on peeble beach is slippery.
d) You will walk 950 meters on the peeble beach.
e) On the container you will find the "real" story!
f) Cache coordinates are projected so you need to enter the tunnel to find the cache.
Have fun!
A Fuga...
Aqui sentado nesta embarcação (se é que se pode chamar a isto uma embarcação), aqui enrolado neste canto a contemplar o céu tão escuro e indecifrável…Não sei o que sentir, se alivio, se preocupação, se ansiedade…Acabou tudo, finalmente. Mas e depois, o que nos espera?
Não foi hoje que isto começou. Já há muito tempo se sentia a tensão no ar, em todo o Convento. Alguma coisa se passava, andavam todos tão ansiosos e, mesmo sem saberem de nada (pelo menos a maioria nunca sabe de nada), pressentia-se algo prestes a acontecer.
E aquela obra? Trabalhou-se tanto na obra! Não sei o que nos tomava mais tempo ultimamente, se era a obra ou as nossas obrigações no convento. Penso, até, que estávamos a dedicar menos tempo para as nossas orações, muito menos tempo. E as refeições, ainda se tornaram mais frugais e rápidas. Tudo em benefício da obra, todos os minutos se convertiam em trabalho da obra. Não tenho uma única porção de pele nas mãos que não tenha calos ou feridas. E as mãos dos outros irmãos estão iguais às minhas. Ninguém nos perguntou se sabíamos construir, ordenaram-nos que fossemos trabalhar na pedra e, claro, ninguém se opôs.
Primeiro, pensei que estávamos a construir uma adega, depois, à medida que fomos avançando na obra, comecei a suspeitar que se tratava de um túnel. Não ousei perguntar para quê, mas concluí que serviria para facilitar o acesso ao mar e via muitas vantagens nisso. Mas então, porquê tanto segredo? Ninguém proferia a palavra túnel, referíamos sempre a obra. Ninguém ousava perguntar ao Padre Mateus, mas um dia, um irmão que é mais destemido, ou imbecil, teve a audácia de questionar o objetivo do túnel. |
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“- Não canses a tua cabecinha com assuntos que não te competem.” – Foi a resposta do Padre Mateus.
Sempre confiei nele. O Padre Mateus sempre me transmitiu segurança e achava que ele administrava o Convento muito melhor do que o seu antecessor, o irmão Tobias. Mas tenho notado a alteração no comportamento dele. Anda estranho, nervoso, irritado e diria até que sente medo. Mas isso sou eu a pensar, que um homem como o Padre Mateus não teme nada. E esse homem de barbas muito escuras, com que o Padre Mateus se reúne com tanta frequência ultimamente, quem será ele? Que segredos andam os dois a discutir que deixam o Padre Mateus tão taciturno? E o outro que veio aí um dia e nunca mais cá apareceu? Quem era o outro de aspecto tão fidalgo? No dia que esse senhor fidalgo aqui apareceu, o Padre Mateus estava tão furioso que até foi trabalhar para a obra e parecia…parecia possesso!
A obra, que já fora iniciada há muito tempo, sofreu um avanço inesperado e parecia haver alguma urgência em conclui-la. O Padre Mateus só falava “nesses impostores que pensam que vêm para aqui como se tivessem esse direito”. Sei também que a população aqui à roda, com quem sempre convivemos em plena harmonia, anda exaltada connosco. Houve um incêndio inexplicado no celeiro e no monte da lenha. Dois ou três dos nossos animais apareceram mortos, com uma aparência que nem quero recordar. Quase que afirmava que foi o povo daqui, mas não consigo fazer este juízo.
Sei que vêm aí as tropas, mandaram uma mensagem ao Padre Mateus, as duas partes, o inimigo e o amigo, embora eu não saiba quem é quem. Apenas vi que uma das missivas tinha o selo de D. Pedro, já o vi antes e reconheci logo o selo. O outro timbre não imagino de quem seja, a informação aqui só chega a alguns se nos apoderarmos dela astutamente!
E depois chegou o dia em que nos levantamos mal nos tínhamos deitado, ou não nos deitamos até, não me recordo de tudo o que aconteceu. O Padre Mateus mandou carregar tudo, pelo túnel, até às embarcações que nos deveriam esperar do outro lado. Ele disse: “- Tudo, e que nada fique para trás. Nada!”
Foi uma loucura! Todos a trabalhar como que em transe, a carregar rapidamente tudo o que existia no Convento e podia ser transportado. E o mais esquisito ainda, tudo no maior silêncio possível! Todos trabalhavam arduamente e com tanta organização que parecia que tínhamos feito um ensaio! O Padre Mateus sabia impor a sua autoridade e miguem questionava uma ordem. Sabíamos o que equivalia não respeitá-la. (Aliás, foi a aprender isso que perdi uma ponta dos meus dedos).
E então, todos fizeram o que o Padre Mateus ordenou, todos trouxeram tudo. Todos, menos eu. Na pressa, fui à Igreja despedir-me de Santo António e da Nossa Senhora da Conceição e…e fui buscar algo que queria trazer comigo e escondo agora debaixo do meu hábito, bem junto ao peito. E nesse desvio que fiz por minha iniciativa…bem, atrasei-me e deixei algo para trás. Não tive tempo, vislumbrei que só restava mais uma embarcação e que ia embora quer eu saltasse, quer não. Por isso, deixei a minha carga para trás. Ninguém viu, eu era o último.
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Por isso agora tenho esta confusão de sentimentos: um misto de medo, terror, libertação e alegria, se é que é possível tal mistura na alma de um homem! Não é possível aceder ao túnel pela outra entrada, ficou oculta. Nunca ninguém descobrirá, porque não voltamos aqui, pois não? Nunca descobrirão o túnel, ninguém sabe que existe! Só nós que vamos …que vamos para onde?
Não vou apoquentar-me mais. Vou puxar uma lona e tentar descansar. O Padre Mateus deve ter tudo planeado. E o meu erro, esse descuido, permanecerá em segredo.
E onde estão as estrelas esta noite? Que tranquilo está o mar! |
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Sobre a cache
Atenção ao seguinte:
a) A cache só deve ser feita com a maré bem rasa/baixa.
b) Deve levar lanterna.
c) Andar sobre o calhau/praia de pedra rolada é perigoso pois as pedras escorregam.
d) A distância que irá percorrer no calhau, pela costa, é de aproximadamente 950 metros.
e) No container encontrará a verdadeira história!
f) A s coordenadas da cache são projectadas. Terá de entrar no tunel para encontrar a cache.
Divirta-se!
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