Foi neste local onde se estabeleceu durante várias décadas uma colónia de pescadores, oriundos de Vieira de Leiria e que se vieram espalhando ao longo do curso do rio Tejo. Algumas destas famílias fixaram-se na foz do rio Alviela, lugar de grande riqueza paisagística, de abundância piscícola e de excelentes condições para construírem as suas casas típicas de tipo palafita, a que davam, como dão, o nome de barracas.
As Barracas
Estas barracas eram construídas com madeira recuperada das cheias do rio, que eram guardadas ao longo de vários anos até ser possível construir a barraca, uma vez que a sua "habitação" imprescindível era o barco, onde podiam viver durante anos, com os filhos inclusive. Um jovem avieiro que pretendesse casar, antes de fazer o pedido de casamento, tinha que ter um barco para poder dar o sustento a sua futura família.
A aldeia chegou a ser constituída por 28 barracas, incluindo a própria habitação, a cozinha de “fora”, adega, o forno comunitário (ainda existente) e os galinheiros que apenas guardavam os coelhos, visto que as galinhas viviam em plena liberdade. Chegavam a criar porcos e bezerros que muitas das vezes serviam para vender, para assim fazerem algum dinheiro para comprarem as coisas básicas.
Com o passar do tempo e as dificuldades na sua arte a aumentarem, foram-se empregando noutras áreas e as suas vidas foram-se alterando. Por estes e outros factores, como a poluição do rio Alviela, foi-se dando o abandono até à desertificação total. A aldeia foi morrendo, sem gente, com as casas abandonadas, e com os barcos e apetrechos ao “Deus dará”!
Foz do Rio Alviela
No local onde está colocada a cache é possível observar um sítio de grande beleza onde o Rio Alviela encontra o Rio Tejo, alem de uma paisagem magnifica sobre a lezíria ribatejana e o planalto de Santarém.
Apreciando esta maravilhosa paisagem ribatejana nem nos lembramos das agressões a que o Alviela é sujeito desde que desponta nos Olhos d'Água.
A Cache
Para aceder á cache que se encontra nas ruínas de uma das barracas, o melhor percurso é, na povoação de Vale de Figueira seguir as indicações para a Foz do Rio Alviela, através de uma estrada de terra batida, até ao parque recomendado. A partir deste ponto seguir o caminho a pé, BTT ou TT até ao ponto RP1 (dependendo da época do ano, este caminho pode estar intransitável, cheio de lama) e depois até a cache.
ATENÇÃO AS COLMEIAS DAS ABELHAS - NÃO MEXER
ATENÇÃO: Durante a epoca de caça (Setembro até Dezembro) não é aconselhavel procurar a cache durante os dias de caça (Quinta-Feiras, Domingos e Feriados).