A Cache
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publicadas
As Torres de Ofir nasceram
nos anos de 70, numa altura em que não existia sensibilidade para
os problemas ambientais, nem era notório o efeito erosivo na orla
costeira, nomeadamente em Esposende.
Foi um investimento numa zona
de consumo turístico, junto a uma praia bastante frequentada por
potenciais compradores oriundos zonas industriais de Guimarães,
Braga, Barcelos e outras e foi um dos primeiros marcos da
especulação imobiliária no concelho de Esposende, nomeadamente na
zona de Ofir, onde não houve grande avanço na opção da propriedade
horizontal.
Havia uma ideia de progresso
também associado à construção em altura, que assolou por exemplo a
Póvoa de Varzim. A Àrea de Paisagem Protegida de Esposende aparece
mais tarde.
Desta forma, segundo o
entendimento de alguns, as Torres vieram contribuir para a forte
erosão costeira, o que não parece fazer sentido pois os esporões
aparecem como forma de defesa essencialmente da zona do hotel de
Ofir bem como outros esporões existem por toda a costa,
nomeadamente a de Esposende, como solução localizada.
O avanço do mar seria bem
mais notório na praia de Ofir se não se construíssem os esporões,
de tal forma que eles aparecem para atenuar ali os efeitos dessa
erosão. E assim se pôs à alguns anos em causa a demolição destas
Torres.
Muitos outros empreendimentos
por toda a costa portuguesa deveriam então ser demolidos, pelas
mesmas razões das Torres de Ofir.
O então ministro do Ambiente
José Sócrates manifestou essa ideia há alguns anos, numa altura em
que se discutiam soluções de protecção da nossa costa, para as
quais não havia dinheiro. No entanto defendia a demolição imperiosa
das Torres de Ofir com os seus custos operacionais e
indemnizatórios e para os quais arranjava os milhões necessários, o
que era de facto um contrasenso relativamente às prioridades
ambientais. Esta demolição como dizia José Sócrates, seria visto em
directo a nível mundial.
Com mais de 30 anos de
existência, as Torres de Ofir tornam-se de repente obsessão
ambiental, porquê?
Concordamos que tenha sido
boa opção, que foi um erro, da mesma forma que consideramos o
prédio do Coutinho em Viana.
Hoje a nossa sensibilidade é
diferente em termos ambientais, mas ficamos um pouco perplexos
quando se entendem estes como graves problemas de solução
prioritária, num país de carências graves neste âmbito e outros,
sem cabimento orçamental para as resolver.
Também entendemos que para
proteger as Torres e a zona de Ofir são necessários alguns
investimentos, mas que seriam sempre necessários, a exemplo de
outras zonas. Se o problema é a necessidade de investimento em
protecção periódica (há vários anos que não se faz) então temos de
considerar um benefício para a nossa zona, que fica assim com uma
garantia de que se encontra controlada.
Relativamente à paisagem única que temos, temos a certeza
que em nada as Torres vão afectar em termos de presente ou futuro,
porque o que ainda temos sofrerá a erosão dos investimentos
imobiliários previstos no Plano Director Municipal (que agora
existe). Os investidores utilizam os instrumentos legais para
desenvolverem a sua actividade e aproveitem a altura das torres
para monitorizar o desaparecimento rápido de algumas manchas verdes
do nosso pinhal. Isso sim, deveria ser preocupação obsessiva. Mas
com outro Plano Director.
Enigma:
78 111 114 116 104 32 102 111 117 114 116 121 32 111 110 101 32 100
101 103 114 101 101 44 32 116 104 105 114 116 121 32 111 110 101 32
100 101 99 105 109 97 108 32 122 101 114 111 32 116 119 111 32 115
105 120 13 10 87 101 115 116 32 122 101 114 111 32 122 101 114 111
32 101 105 103 104 116 32 100 101 103 114 101 101 44 32 102 111 117
114 116 121 32 115 101 118 101 110 32 100 101 99 105 109 97 108 32
111 110 101 32 115 105 120 32 116 119 111
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