PORCA
DE MURÇA
Esta Cache vai levá-los
até ao símbolo mias emblemático da Vila ... A Porca de Murça.
Segundo a lenda,
conta-se que no século VIII esta povoação era assolada por javalis
e ursos. Os senhores desta Vila resolveram fazer montarias e tantas
fizeram que afugentaram os animais. No entanto, entre eles dizia-se
existir uma porca ou uma ursa de grandes dimensões e de tal maneira
manhosa que não se deixava apanhar. Em 757, um ilustre cavaleiro, o
Senhor de Murça, consegue matar o animal e libertar a terra de tal
incómodo. Em honra deste feito foi construído este monumento «Porca
de Murça», junto ao qual os habitantes pagavam anualmente, ao
Senhor de Murça, três arráteis.
No entanto, e na
opinião dos estudiosos, não só a Porca é bem mais antiga do que o
suposto século VIII, como a sua origem e função inicial, mais
complexa.
Na realidade, e apesar da sua enorme celebridade, a Porca de Murça
faz parte de um conjunto de mais de duas centenas de exemplares
conhecidos de estátuas, com cerca de dois mil anos de idade, que
apresentam uma série de características muito semelhantes, das
quais as mais evidentes são o serem talhadas, de forma fruste, num
único bloco geralmente granítico e representarem animais. Embora
estas esculturas zoomórficas retratem na sua grande maioria javalis
e porcos-monteses, estão referenciados ainda touros, bodes e ursos.
Noutros casos, a simplicidade das estátuas, com corpos curtos e
atarracados, levam a uma indefinição anatómica.
Conhecidos por “berrões”, estas esculturas são conhecidas apenas em
Trás-os-Montes e a Beira Interior, estendendo-se para a Meseta e
atingindo, também, a Estremadura espanhola. Esta dispersão coincide
em grande parte com o território que, segundo as fontes clássicas,
era ocupado durante a Idade do Ferro por um povo designado por
Vetões. É por isso a esta época que se atribui a origem destras
esculturas, sendo essa datação efectuada através de achados, em
território espanhol, em contexto arqueológico anterior ao século
III a. C. (Vilaça 1985). Por outro lado, está também documentada a
longa produção e utilização destas esculturas, nomeadamente até ao
século III d. C., já que durante o domínio romano na região várias
inscrições funerárias foram gravadas em alguns “berrões”. Tal facto
levou a que estas esculturas tenham sido muitas vezes interpretadas
como monumentos funerários. No entanto, e tendo em conta as
características económicas e sociais destas comunidades da Idade do
Ferro e fortemente alicerçadas na pastorícia e na pecuária, os
estudos mais recentes apontam para a possibilidade de nos
encontrarmos em presença de “entidades tutelares dos rebanhos”
relacionadas, igualmente, com “cultos de fertilidade”.
A Cache
Trata-se de uma Cache
de tamanho Micro, para a qual aconselhamos bastante discrição de
modo a não colocar em risco o seu esconderijo dado que é um local
com bastante movimento de pessoas.
ATENÇÃO
Pedimos que voltem a
colocar a Cache no sítio e da forma como a encontraram.