Edifício quinhentista, mandado edificar por D. Manuel I , sendo o autor do risco, ao que tudo indica, Diogo Boycata.
A Igreja Matriz da Golegã conserva um dos mais importantes e emblemáticos portais do ciclo manuelino, com o seu arco cairelado ladeado por colunas torsas que definem um alfiz onde se concentram os símbolos mais importantes da simbólica de D. Manuel, emoldurando um pequeno nicho onde se conserva uma imagem da Virgem com o Menino.
A fachada principal encontra-se hoje assimétrica em relação à primitiva organização tripartida, devido à torre sineira quadrangular adossada ao lado Sul.
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Organizada em registos separados por cornijas de mísulas, termina num elevado coruchéu, elemento que foi reintegrado no restauro do monumento na década de 40 do século XX, e que foi inspirado na torre da igreja de São João Baptista de Tomar.
O interior do templo, de três naves separadas por arcos diafragma ogivais, tecto de madeira nas naves e abóbada polinervada na capela-mor, mantém a sua feição manuelina original, enriquecida com alguns elementos modernos, como o púlpito renascentista, ligeiramente posterior à construção, e a campanha azulejar do século XVIII que dotou a capela-mor de cenas do Novo Testamento.
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