José Relvas era filho de Carlos Relvas, abastado lavrador e proprietário, e de sua mulher, D. Margarida Amália de Azevedo Relvas.
Matriculou-se na Universidade de Coimbra na faculdade de Direito, que só frequentou até ao segundo ano, abandonando-o então para seguir o Curso Superior de Letras, o qual concluiu em 1880.
Proclamou, a 5 de Outubro de 1910, a instauração da República Portuguesa da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido ministro das finanças do respectivo Governo Provisório de 12 de Outubro de 1910 até à auto-dissolução deste, a 4 de Setembro de 1911, tendo depois exercido o cargo de embaixador de Portugal em Espanha até 1914. Esteve em seguida bastantes anos afastado da actividade política, até ser nomeado primeiro ministro, a 27 de Janeiro de 1919, tendo exercido aquele cargo até 30 de Março do mesmo ano.
A República a que se dedicou, no pensar e executar, com a convicção profunda de que tal mudança se impunha. E foi nessa convicção, sempre na defesa dos interesses do Seu País que, abdicando da tranquilidade que a fortuna lhe proporcionava, se dedica apaixonadamente à Causa Pública.
Verdadeiro Homem de Estado, Lavrador, Músico, José Relvas, dotado de uma profunda sensibilidade artística, ama a Natureza e a Arte. A Sua Casa, frequentada por muitos amigos, estadistas, artistas e escritores, acolhe uma colecção criteriosamente reunida de pintura, escultura, tapeçaria, aberta ao público como museu desde 1960, é um verdadeiro tesouro que o traço de Raul Lino guardou para sempre na Lezíria do Tejo.
Tesouro esse que a música envolvia em momentos de partilha, nos Serões, os Serões dos Patudos. Hoje, a Vila, numa homenagem ao Homem que legou todos os Seus bens a Alpiarça, recriou tais Serões apresentando anualmente os Encontros de Música. Espaço de Saber, reflexão, música, de Cultura os Encontros de Música devolveram aos Patudos a ambiência e brilho de outrora.
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