Rêgo do Boi [Arouca] Traditional Cache
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Size:  (small)
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O rêgo do Boi |
Alvarenga, freguesia do concelho de Arouca, no distrito de Aveiro dista em cerca de 15 quilómetros da sede concelhia, estando situada nas fraldas da serra de Montemuro e na margem direita do rio Paiva.
O povoamento do território que corresponde à actual freguesia de Alvarenga é bastante remoto, por certo anterior ao século XII, visto que nas cumeadas vizinhas foram encontrados vestígios de fortificações castrejas e de edificações dolménicas. Um dos mais importantes vestígios da época do povoamento romano é sem dúvida a ponte romana sobre o rio Paiva (Ria Paiva - Ponte de Alvarenga), cuja edificação se atribui ao mesmo mestre que fez a de Alcântara, em Espanha. |
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É também património cultural de inestimável valor, a panóplia de lendas que povoam as memórias do povo de Alvarenga, como é o caso da Lenda do Rego do Boi. Segundo a tradição, havendo na freguesia necessidade de água para regar os campos, os habitantes de Alvarenga e da freguesia vizinha de Nespereira disputavam a posse de um ribeiro, denominado Ardena. Chegaram então ao acordo de que quem primeiro conseguisse com que as águas fizessem mover a mó de um moinho, junto à povoação, adquiria o direito sobre elas. |
Os habitantes de Alvarenga traçaram então, secretamente, o caminho que deveria tomar o rego condutor da água e conseguiram concluir o seu trabalho antes dos de Nespereira, conquistando o direito ao usufruto das águas. Para festejar esse feito mataram e comeram um boi, daí resultando no nome "Rego do Boi". Mais tarde, chegaram a funcionar cerca de vinte e três moinhos, dos quais ainda restam bastantes e que formam, no seu conjunto, a chamada "Carreira de Moinhos". |
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Sobre o Rego do Boi
“No meio da serra da Franqueira nasce hum rio de pouca memoria passa pello fundo do lugar de Noninha e continua o seu curso junto do lugar de Bustello, e no fundo das terras do dito lugar há tradição nesta terra de Alvarenga que os seus habitantes tiraram a agoa do tal rio em huma noute, por recearem que os habitadores do valle de Nespereira lho impedicem, e chama-se a tal rego o rego do Boi, por se dizer que comeram hum boi na noute que a tiraram, dista desta terra de Alvarenga hum quarto de legoa, isto hé o aqueducto e o seu nascimento hé quasi huma legoa, fertiliza este valle com agoa, que hé o que a faz fértil de pam e vinho, e com a mesma agoa ao mesmo tempo faz moer vinte e três moinhos, tanto de Veram como no Inverno.”
O Reytor Luís Vieira Tristão
Transcrição da referência histórico-lendária do REGO DO BOI manuscrita em 1758, no livro “Memórias Paroquiais” do Padre Luís Vieira Tristão. |
Infelizmente esta carreira de moinhos que faz parte do roteiro turístico de Arouca está profundamente degradada, mesmo assim achei que valia a pena dá-la a conhecer. Espero que gostem... |
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Additional Hints
(Decrypt)
Cnen n pnpur rapbagene, onfgn à cbegn svpne r à rfdhreqn rfcervgne