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Numa placa explicativa no
local pode ler-se:
"O Dolmen da Sobreda,
também conhecido por Curral dos Mouros, é uma sepultura de grandes
dimensões , já desprovida da totalidade das lajes que originalmente
cobriam toda a estrutura interna, merecendo particular destaque a
disposição, pouco comum, dos monólitos da câmara, propiciando um
espaço de planta tendencialmente subcircular, presumivelmente
lajeado, ao qual se acedia através de um extenso e largo corredor.
Num dos esteios da câmara, e por finais do século XIX,
observavam-se ainda vestígios de pinturas a vermelho.
Este monumento terá
sido erigido há cerca de 6.000 anos, tendo-se aí depositado um
reduzido número de indivíduos os quais se fariam acompanhar por um
abundante e diversificado conjunto de materiais líticos (quase
centena e meia de pontas de seta), cerâmicos (cerca de meio milhar
de recipientes, alguns dos quais decorados) e até de madeira ou
osso, estes últimos facilmente degradáveis pela forte acidez dos
solos e de difícil percepção no registo arqueológico. Após um
curto período de utilização, terá sido encerrado, sendo que
ao longo dos dois milénios seguintes foi sendo alvo de deposições
pontuais por parte de outras comunidades que já nada tinham a ver
com as que, há muito tempo, haviam construído aquela
sepultura."
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