
(...) Naquele tempo fizeram-se as coisas que depois foram as mais famosas de todos os trabalhos dos Elfos, pois Fëanor, chegado ao apogeu do seu poder, foi possuído por um novo pensamento. (...) Então iniciou um novo labor, no qual concentrou todo o seu saber, todo o seu poder e toda a sua arte subtil; e no fim de tudo fez os Silmarils.
De três grandes pedras preciosas tinham a forma (...) mas eram mais fortes do que diamantes, de modo que nenhuma violência pudesse transfigurá-los ou parti-los dentro do reino de Arda.
(...) O fogo interior dos silmarils fê-lo Fëanor da luz misturada misturada das árvores de Valinor, que ainda vive neles, embora as árvores tenham há muito murchado e já não brilhem. Por isso, mesmo na escuridão da mais profunda caverna do tesouro, os silmarils, pela sua radiância própria, brilhavam como as estrelas de Varda; e, no entanto, como se fossem veramente coisas vivas, rejubilavam com a luz que recebiam e que devolviam em tonalidades mais maravilhosas do que antes.
J.R.R. Tolkien, O Silmarillion