Os mármores e a geologia reginal
Os mármores sujeitos a exploração no Anticlinal de Estremoz integram-se no Complexo Vulcano - Sedimentar Carbonatado de Estremoz (Zona de Ossa-Morena) cuja sequência litológica se pode sumarizar do seguinte modo, da unidade mais recente para a mais antiga:
Metavulcanitos do topo do complexo;
Mármores;
Mármores e metadolomitos com intercalações de metavulcanitos e
Metavulcanitos da base do complexo.
Este Complexo está enquadrado, na base e no topo, respectivamente, por uma Formação Dolomítica datada do Câmbrico e por rochas xistentas com intercalações lidíticas datadas do Silúrico.
Os trabalhos geológicos de pormenor desenvolvidos nesta área pelo extinto Instituto Geológico e Mineiro, nas últimas décadas, e actualmente prosseguidos pelo INETInovação, colocaram em realce os mármores com interesse económico, classificando-os pela sua cor (mármores escuros, Ruivina e Azul e mármores claros, Branco, Creme e Rosa), grau de fracturação, alteração, etc.
Este núcleo de extracção, de Pardais, encontra-se numa posição estrutural muito particular, ocupando a terminação sudeste da grande estrutura anticlinal que se estende desde Sousel (a Noroeste), passando por Estremoz, Borba e Vila Viçosa. A particularidade desta posição reflecte-se no facto de os mármores aflorarem ao longo de uma vasta área e se desenvolverem até profundidades muito consideráveis. É aqui que se localizam as pedreiras com maior profundidade em todo o território nacional, atingindo duas delas cerca de 120 m. O mármore, no entanto, foi já reconhecido em algumas sondagens até cerca dos 400 m de profundidade.
Actualmente a industria das Rochas Ornamentais atravessa uma prolongada crise, mesmo a nível internacional, o principal destino da produção portuguesa, mas os Mármores de Estremoz continuam a ocupar um lugar de destaque no comércio mundial, pela sua excepcional qualidade e beleza dos padrões cromáticos.

A actividade mineira na região Na faixa cuprífera Sousel-Barrancos ocorrem alguns exemplos de estruturas mineralizadas de tipo filoneano, em rochas do Ordovícico ao Devónico, principalmente com Cobre mas também com Chumbo e Zinco, que foram sujeitas a exploração. Além da mina de Miguel Vacas, na zona desta cache, existem ainda as minas do Bugalho, Mostardeira, Aparis, Minancos e Zambujeira, entre outras.
Estas minas laboraram intensivamente durante o século XIX e primeiras décadas do século XX, encontrando-se actualmente todas abandonadas.
A Mina de Miguel Vacas caracteriza-se por uma corta a céu aberto, com mais de 300 por 100 metros de largura, alagada.
Actualmente é ainda possível encontrar alguns cristais perfeitos de minerais de cobre, como a malaquite e outros mais raros (link1 e link2), sendo esta mina frequentemente visitada por coleccionadores de minerais de todo o mundo.
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