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Para reclamar o Found desta Earthcache nas coordenadas
publicadas deve observar e responder às seguintes questões:
1 – Qual é o objetivo fundamental da estratigrafia?
2 – Quais as cores que consegue observar nos estratos e a sua
textura?
3 – Observando atentamente o GZ aqui reproduzido na foto
Spoiler, qual o estrato mais antigo? Em que princípio te baseaste para a tua
escolha?
4 – Foto identificativa do
Geocacher ou algo que o
identifique no jardim jurássico. |
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História Geológica |
Quando observamos uma paisagem, é fácil imaginar serras e
montanhas como eternas, imutáveis, já que esses cenários permanecem praticamente
os mesmos desde os tempos humanos mais remotos. No entanto, esses cenários são
transitórios na longa história evolutiva do nosso planeta. Entender a história
de um planeta com tantos bilhões de anos é possível através de memórias deixadas
e visíveis nas rochas. Para investigar, entender e descrever a história
geológica do nosso planeta e para interpretar essa história geológica, a
Estratigrafia nasceu. |
Datação Relativa |
A Estratigrafia (do latim stratum e do grego
graphia) é um ramo da geologia que estuda, descreve e classifica camadas
rochosas sedimentares (conhecidas como estratos) e as correlacionam
espacialmente e temporalmente de modo a poder interpretar a sua história
geológica e determinar a sua Idade Relativa.
Ao falarmos em estratigrafia devemos ter sempre presente a definição de estrato,
assim, define-se como estrato ou camada os conjuntos diferenciados de corpos
líticos com características que os distinguem de outros que os precedem ou
sucedem. |
História da Estratigrafia |
Como ferramenta de interpretação dos registros
estratigráficos, o geólogo dinamarquês Nicolau Steno (1638-1686), conhecido
também como o pai da estratigrafia, desenvolveu, a partir de muitos estudos e
observações, os princípios básicos da estratigrafia usados até hoje.
Posteriormente foi James Hutton (1726-1797), em 1785, quem primeiro descreveu o
ciclo geológico, de destruição e renovação da superfície terrestre, como
resultado de processos naturais lentos e graduais.
Com a estratigrafia conseguimos dizer qual camada rochosa é mais antiga que a
outra, mas não é possível precisar a idade entre elas. Desta forma, o uso de
fósseis nessa análise de sucessões de camadas permitiu-nos ser mais exatos na
construção de uma escala geológica para todo o planeta. Em 1793, William Smith
(1769-1839) após analisar diversas sucessões estratigráficas e correlacionar as
camadas com os fósseis presentes em toda a geologia do Reino Unido, desenvolveu
o Princípio da Identidade Paleontológica. |
Princípios para determinar a Idade Relativa
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1. Princípio do Uniformitarismo ou atualismo geológico (James
Hutton): baseava-se na ideia de que "O presente é a chave do passado", na
reconstrução do passado geológico, acreditando na reprodução uniforme dos dados
observáveis em fenómenos geológicos atuais, para a interpretação da ocorrência
destes fenómenos no passado, ou seja, os fenómenos geológicos que existem
atualmente podem explicar o que aconteceu no passado. |
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2. Princípio da Horizontalidade Original (Nicolau Steno): os sedimentos depositam-se originalmente em camadas horizontais, pois
quando da sua formação, os estratos são horizontais e paralelos à superfície de
deposição. Se houver camadas rochosas alteradas, como dobras ou inclinadas,
sabe-se que foram deformadas após a sua deposição (fig. 1). |
Fig.1. Vemos que as camadas se depositam
originalmente horizontalmente |
3. Princípio da Sobreposição (Nicolau
Steno): Não ocorrendo falhas ou dobras na rocha, a camada mais antiga é a camada
mais abaixo, sendo que a mais recente se encontra mais acima. (fig. 2) |
Fig.
2 - principio da sobreposição |
4. Princípio da Continuidade Lateral
(Nicolau Steno): as camadas sedimentares são horizontalmente contínuas,
estendendo-se até suas margens ou afinando-se lateralmente (fig. 3). |
Fig. 3 - principio da continuidade lateral |
5. Princípio da Identidade Paleontológica (William
Smith): relaciona as idades relativas entre camadas a partir de grupos de
fósseis encontrados nas mesmas. Assim, estratos que tenham o mesmo conteúdo
fossilífero são da mesma idade, mesmo quando as rochas estão separadas por
longas distâncias geográficas.
Para aplicar este princípio recorre-se aos
chamados Fósseis Estratigráficos ou Fósseis de Idade, que possuem regra
geral, as seguintes características: fósseis pertencentes a um grupo de curta
longevidade, abundante nos sedimentos e com vasta distribuição geográfica (fig.
4). |
Fig. 4 - Três perfis estratigráficos distantes,
mas que possuem uma camada rochosa semelhante devido ao grupo fossilífero lá
presente |
6. Princípio da Interseção: sempre que uma unidade geológica
interseta outra, esta deduz-se como sendo mais recente que a intersetada.
Aplica-se sobretudo a falhas, filões e intrusões magmáticas e superfícies de
erosão (Fig. 5). |
Fig. 5 - Interseção |
7. Princípio da Inclusão: refere que fragmentos
de uma rocha incorporados noutra são mais antigos que a rocha que os engloba (Fig.
6 ). |
Fig. 6 - Inclusão |
Fontes:
https://repositorio.usp.br/directbitstream/68cb5be1-bd64-4798-9294-6c9042fe638d/3026810.pdf
https://pt.geologyscience.com/geologia/uniformitarismo/#google_vignette
https://estpal13.wordpress.com/2013/06/05/principios-fundamentais-da-estratigrafia/
https://geomeninas12h.blogspot.com/2010/11/principio-da-horizontalidade-original.htm
https://paleontologiaeevolucao.blogs.sapo.pt/conhecendo-um-pouco-mais-sobre-2606
https://www.casadasciencias.org/imagem/9053
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