Castelejo (PR9 NIS)
Na fronteira norte do Conhal do Arneiro e destacando-se sobre os resíduos da exploração romana de ouro no rio Tejo, fica o Castelejo, com 15 m de altura. A sua geometria, constituição e posicionamento estratégico no centro da exploração mineira são sinais da sua artificialidade. Poderá ter sido um local de vigilância da exploração mineira e do tráfego fluvial no Tejo aurífero.
Castelejo significa pequeno castelo.
Conhal do Arneiro
No séc. I, o naturalista romano Plínio, O Velho – autor da monumental compilação científica Naturalis, refere a exploração destes depósitos associados ao rio Tejo como Aurifer Tagus. Aqui, o metal precioso era lavado com a água da ribeira de Nisa, que era conduzida desde a Senhora da Graça. Aliás, o povoado com este último nome poderá ter funcionado como centro administrativo desta exploração de ouro no tempo romano. O canal ou levada, que fornecia água ao Conhal do Arneiro, é conhecido localmente como “vala dos mouros”.
Provando a qualidade do minério alentejano, D. João III terá mandado fazer um ceptro em ouro, extraído deste rio, e Vasco da Gama uma cruz, mostrando, assim aos venezianos que, em Portugal, havia metal mais precioso do que o do Oriente. Ferro, aço e prata foram igualmente metais outrora explorados nas margens do Tejo.