Skip to content

Nerium oleander Traditional Cache

Hidden : 5/3/2022
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


Nerium oleander

 

A flora nativa de Portugal é composta por uma grande diversidade de árvores, arbustos e pequenas plantas. Estas espécies nativas são mais resistentes do que as espécies exóticas e garantem uma maior sustentabilidade e diversidade ecológica dos habitats.

 

Estas plantas estão mais bem adaptadas às condições edafo-climáticas do território nacional, além de serem menos exigentes em água e manutenção e também menos susceptíveis a pragas e doenças. 

As plantas devem ser plantadas de acordo com as suas condições naturais de desenvolvimento. A vegetação nativa, quando plantada no seu habitat natural, tem uma maior facilidade de adaptação. Logo, deve ser a principal aposta quando queremos instalar um jardim.

O loendro (Nerium oleander) é um exemplo de espécie nativa pouco exigente em manutenção e outros cuidados, muito adaptável e bastante resiliente. A sua floração exuberante e prolongada tornam-no numa espécie com grande valor estético e paisagístico.

O loendro

O loendro, também vulgarmente conhecido como oleandro, loureiro-rosa, adelfo, cevadilha, entre outros nomes comuns, é uma pequena árvore ou arbusto, da família Apocynaceae. Esta espécie perene pode crescer até aos seis metros de altura, formando uma copa ampla e muitos rebentos de raiz. Os ramos produzem um látex pegajoso, muito tóxico, que é facilmente exsudado quando são cortados.
 

As folhas surgem dispostas em grupos de três por cada nó e são subsésseis, ou seja, possuem um pecíolo curto, que é a parte que as liga ao ramo ou ao caule. De forma lanceolada a linear, são agudas e coriáceas e a margem é inteira. A página superior da folha é verde-escura e a inferior é acinzentada. As folhas são glabras, logo não possuem pêlos, a nervura principal é saliente e as nervuras secundárias são evidentes. 

As flores do loendro são hermafroditas (femininas e masculinas), tubulares e pentâmeras, ou seja, as peças apresentam-se em conjuntos de cinco ou em múltiplos de cinco. As flores são grandes, assalveadas e compostas por cinco pétalas unidas na base e por cinco escamas franjadas. A corola é vermelha ou rosada na natureza, mas também pode ser branca, creme, amarelada ou roxa nos cultivares. Surgem agrupadas em corimbos terminais.

A floração do loendro inicia-se na primavera, prolongando-se ao longo de todo o verão.

 

Os frutos são do tipo folículo, fusiforme, simples, seco e deiscente. Em forma de cápsula e de cor castanho-avermelhado na maturação, o folículo abre por sutura ventral para libertação das sementes leves e tomentosas, de cor dourada e encimadas por papilho de pelos abundantes.
 

A origem científica do nome da espécie é bastante curiosa e transporta-nos para a mitologia grega. Nerium deriva do grego Nerón, que significa húmido ou fresco e de Nerion, parente próximo de Nereu, Deus primitivo do mar, que era representado como o velho do mar, associado ao facto desta planta ser bastante comum nas margens do Mediterrâneo. Segundo alguns autores o epíteto específico oleander deriva do grego arodándrum e de rhododéndron, pela semelhança que as suas flores têm em relação às espécies do género Rhododendron. Outros autores sugerem que a designação oleander se deve à semelhança das suas folhas com as das espécies do género Olea, a oliveira.

Espécie mediterrânica

O loendro é uma planta nativa da região mediterrânica, desde a Península Ibérica ao Norte de África, e também do Sul da Ásia. Em Portugal encontra-se disperso por todo o país, mas é mais abundante nas regiões do Alentejo e Algarve. Pode encontrar-se também no arquipélago dos Açores, onde foi introduzido.

É uma espécie comum em matagais, ambientes rochosos e arenosos, em zonas frescas, e ao longo da margem ou do leito de linhas de água, em combinação com outras espécies ripícolas, como por exemplo o freixo e o amieiro. Também pode desenvolver-se em taludes e encostas rochosas. 

Desenvolve-se preferencialmente em regiões de climas temperados, em locais de exposição solar plena. Suporta bem o ar marítimo, sendo também comum junto ao mar. Está bem adaptado a qualquer tipo de solo, tanto básico como ácido, desde que possua alguma humidade e nutrientes e esteja bem drenado. É uma planta bastante tolerante à seca, e é bastante resistente a ventos fortes. Não é tolerante a temperaturas inferiores a 5ºC negativos. 

 

No habitat natural, o loendro encontra-se na forma de arbusto, contudo poderá ser conduzido como uma pequena árvore. Os espaços naturais onde o loendro é a espécie dominante denominam-se loendrais ou alandroais.
 

O loendro é muito usado para estabilizar terrenos e é amplamente cultivado como planta ornamental, como exemplar isolado ou em composições com outras plantas, em sebe informal ou mesmo em floreiras e vasos, sendo muito comum em jardins particulares e em parques e jardins públicos, ao longo de avenidas e no separador central de muitas estradas e autoestradas.

Hoje em dia são inúmeras as variedades e cultivares desta espécie. Existem formas anãs, folhagens variegadas, flores simples ou dobradas e várias cores. A folhagem perene, a beleza e exuberância das suas flores e a sua grande resistência tornam-na bastante interessante. No entanto, a sua utilização e localização em espaços verdes deveria ser sempre antecedida de um rigoroso estudo e planeamento, uma vez que é uma das plantas mais tóxicas conhecidas.  

Uma das plantas mais venenosas do mundo

 A planta inteira (caule, raminhos, folhas, flores, sementes e raízes) é tóxica para qualquer animal e até para os humanos, devendo ser manipulada com muito cuidado. 

O loendro produz látex que, em contacto com a pele, pode causar irritação e até dermatites. A ingestão de uma folha ou de uma flor pode causar inúmeros problemas, nomeadamente bradicardia (ritmo cardíaco irregular ou lento) e o aumento da frequência respiratória, dispneia, distúrbios gástricos, incluindo vómitos, náuseas, diarreia e a sensação de queimaduras internas, distúrbios do sistema nervoso central, incluindo vertigem, tonturas e sonolência ou até mesmo coma e morte. Os sintomas podem ocorrer várias horas após a ingestão. Já ocorreram casos de mortes por ingestão de uma só folha em crianças e até pela utilização da madeira desta planta em paus para espetadas.  

A toxicidade do loendro deve-se sobretudo à presença de um alcaloide – a oleandrina, um glicósido tonicardíaco e diurético. No entanto, esta planta contém outros princípios tóxicos que são preservados mesmo após a secagem, como por exemplo a neriantina. Também as flores têm um aroma considerado tóxico, mas nada de alarmante.

 

Assim, se estiver a pensar em plantar esta espécie, deve evitar fazê-lo em locais frequentados por crianças e animais. O consumo de folhas desta planta pode provocar a morte de animais e até mesmo de humanos, se em grandes quantidades. Deve evitar-se que as crianças mexam na planta mas, caso aconteça, devem lavar muito bem as mãos depois de lhe ter tocado. 
 

Devido à elevada toxicidade, o loendro não tem aplicação na cozinha e as suas raízes atuam como raticida. 

Embora seja uma planta muito tóxica, alguns princípios ativos podem ser usados em homeopatia ou fitoterapia, possuindo propriedades cardiotónicas e diuréticas. Na medicina tradicional, as folhas têm sido utilizadas para diversos fins medicinais, incluindo o tratamento de doenças cardíacas, como diurético, antibacteriano e contra picadas de cobra. As raízes têm sido utilizadas externamente na medicina tradicional para tratar cancros, úlceras e lepra.

Alguns autores apontam o loendro como bioindicador vegetal de poluição atmosférica, nomeadamente por metais pesados, tendo já sido alvo de estudo para avaliar a contaminação em meio urbano, através da análise da concentração de metais em folhas de plantas expostas (lavadas e não lavadas) e da concentração dos metais do solo. Nesses estudos, os níveis elevados de metais pesados encontrados nas amostras de plantas e solo de áreas urbanas decorreram do intenso tráfego automóvel, considerado como principal fonte de contaminação por metais pesados, principalmente chumbo (Pb).

O que torna esta planta tão resistente?

O loendro, à semelhança de outras espécies vegetais, desenvolveu, ao longo de um extenso processo evolutivo, um conjunto de adaptações morfológicas e fisiológicas que lhe permitem resistir e sobreviver a condições ambientais adversas. As folhas revestidas por cutícula e os estomas protegidos por pelos, que evitam a perda de água por transpiração, tornam-no numa planta resistente ao frio, ao calor e ao vento. Desenvolve-se em qualquer tipo de solo, seja básico ou ácido, e é bastante resistente à poluição urbana. Não necessita de grandes cuidados de manutenção e tem um crescimento rápido.

 

Podemos ter um loendro no jardim, sim, pela resistência, adaptabilidade e generosidade, mas a sua localização deve ser pensada e refletida para evitar acidentes com crianças e animais. Se o procurar na natureza também ficará deslumbrado com a sua beleza natural.

Levar material de escrita. 

Additional Hints (Decrypt)

An onfr.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)