Atalaia, terra de gente hospitaleira e trabalhadora, teve o seu auge nos finais dos séc. XIX e princípios do Séc. XX a atestar pelas muitas construções da época e por relatos orais e escritos que chegam até aos nossos dias.
As suas origens perdem-se na bruma dos tempos, devendo-se ao seu nome á sua localização num ponto elevado, do qual se destaca o Alto Pinta, e onde poderia ter existido uma torre de vigia ou observatório, provavelmente como ponto avançado de defesas da vila de Gavião. Ainda hoje, estar de atalaia significa esta alerta, estar de vigia, esta de sentinela.
Pelo privilégio de haver no seu termo duas ribeira de caudal permanente e abundante, as ribeiras de Alferreireira e das barrocas ali laboraram, outrora, dezenas de azenhas, moinhos e lagares que tornaria a atalaia num dos maior centros moageiros da região. Também no vale ao longo da ribeira das barrocas seria totalmente cultivado com hortícolas e frutas para abastecimento da população local.
Ainda hoje são visiveis ao longo das duas ribeiras cerca de 40 moinhos, alguns com três pares de mós!, uns ainda em bom estado e outros já em ruínas pelo desuso e por esta prática moageira ter sido superada pelos moinhos elétricos.
Em agosto, era tradição realizar-se aqui uam festa em honra de N.Sra. Mãe dos homens, festa esta que atrai gentes de toda a região.
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