Minas de sal-gema de Loulé
Toda a informação necessária para visitar as Minas de sal-gema de Loulé:
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http://www.mina-sal-gema-loule.com/
Breve discrição das minas de sal-gema:
Dos cerca de 45 quilómetros de galerias que se estendem sob Loulé, entre os 230 e 270 metros de profundidade, é extraído sal-gema de grande pureza (teor superior a 93%). Este sal, fornecido a granel, em big-bag’s ou em sacos de 25 kg paletizados, é utilizado principalmente nos mercados das rações animais e do degelo das estradas associado à segurança das vias rodoviárias. Além de ser comercializado em Portugal, este sal é exportado para Espanha, França e entre outros países europeus.
Um dos mercados emergentes do sal-gema de Loulé está associado à produção de pedras de sal para cozinha gourmet.
Uma curiosidade de Loulé que, por enquanto, não é atractivo turístico.
Para quem quer saber um pouco mais:
A mina de sal-gema, localizada em Loulé surgiu aquando da mutação geológica que resultou na separação entre a Europa e África, que criou o Mar Mediterrânico, há 250 milhões de anos, ainda antes da era Jurássica. A cobertura de uma enorme massa de água salgada pela terra num período relativamente curto resultou no enorme torrão de pelo menos um quilómetro de profundidade que hoje se estende a Leste de Loulé e não se sabe onde acaba. Há quem diga que ramos dessa linha de sal poderão atingir as proximidades de Barcelona, onde há uma jazida semelhante. Com início 90 metros abaixo da superfície – após uma camada de calcário (1 aos 45 metros) e outra de gesso (45 aos 90 metros) -, a mina já foi explorada até aos 313 metros de profundidade, mas as enormes galerias feitas pelo homem situam-se em dois níveis, a 230 e 260 metros de profundidade. A primeira galeria situa-se 64 metros abaixo do nível do mar. Antes realizada a poder de dinamite, picaretas e martelos pneumáticos, actualmente, a extracção de sal é feita com uma máquina de perfuração a que os trabalhadores chamam “roçadora”. Após esse trabalho, os camiões que circulam no interior das galerias (algumas maiores do que um túnel rodoviário comum) levam o minério a uma máquina que o desfaz e leva ao poço de transporte de material, até à superfície. Uma parte significativa da produção é exportada, onde é utilizado sobretudo para o fabrico de descongelante para as estradas europeias. A mina foi descoberta há meio século, graças a um furo realizado numa propriedade em Campinas de Cima.
Actualmente e depois de décadas de aumento na sua produção, a mina louletana está a diminuir a sua produção, contudo, a empresa que procede à sua exploração pretende inserir a mina no roteiro turístico da região algarvia. O sal produzido, mais “salgado” que o utilizado nas cozinhas, não serve para alimentação humana. Para as novas tarefas “terciárias”, terão que ser instalados no subsolo, entre 230 e 270 metros de profundidade, equipamentos como uma secção multimédia em que se explique aos visitantes o que é e para que serve a mina. Poderão ainda vir a ser construídas outras infra-estruturas como um restaurante, zonas de vendas baseadas nas pedras de sal (da pedra de sal gema podem ser feitos candeeiros, esculturas e pisa-papéis, por exemplo), além de terem que ser abertos novos poços para instalar elevadores, que substituam as “gaiolas” por onde agora descem e sobem os trabalhadores.