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Imaginário Mystery Cache

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btreviewer: Esta geocache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada perante uma situação de falta de manutenção.
Relembro a secção das Linhas de Orientação que regulam a manutenção das geocaches:

O dono da geocache é responsável por visitas à localização física.

Você é responsável por visitas ocasionais à sua geocache para assegurar que está tudo em ordem para funcionar, especialmente quando alguém reporta um problema com a geocache (desaparecimento, estrago, humidade/infiltrações, etc.), ou faz um registo "Precisa de Manutenção". Desactive temporariamente a sua geocache para que os outros saibam que não devem procurar a geocache até que tenha resolvido o problema. É-lhe concedido um período razoável de tempo - geralmente até 4 semanas - dentro do qual deverá verificar o estado da sua geocache. Se a geocache não estiver a receber a manutenção necessária ou estiver temporariamente desactivada por um longo período de tempo, poderemos arquivar a página da geocache.

Se no local existe algum recipiente por favor recolha-o a fim de evitar que se torne lixo (geolitter).

Uma vez que se trata de um caso de falta de manutenção a sua geocache não poderá ser desarquivada. Caso submeta uma nova será tido em conta este arquivamento por falta de manutenção.

btreviewer
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Hidden : 1/26/2015
Difficulty:
5 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


GEOGRAFIAS IMAGINARIAS

O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página

 

Agostinho de Hipona

 

  AMANTES, GRUTA DOS, em parte natural e em parte feita pelo homem, numa zona remota e montanhosa da Cornualha.

A gruta dos Amantes é escavada na rocha macia e muito branca, iluminada por três pequenas janelas elevadas. O tecto alto e Abobadado foi transformado em cúpula com uma elegante pedra angular, onde os visitantes podem observar uma coroa adornada com ouro e gemas. O piso da Gruta é de um Mármore verde como a erva. No centro existe uma cama elevada, talhada em Cristal de Rocha; uma inscrição afirma que a gruta é dedicada à deusa do amor. A porta é de bronze, fechada com duas grandes trancas, uma de cedro e a outra de marfim. Só pode ser aberta de dentro.

Embora o Arquiteto que transformou esta gruta natural na sua forma atual permaneça desconhecido, os significados do projeto foram interpretados pelos historiadores. A gruta é circular para simbolizar a simplicidade do amor. Não há recessos nem cantos onde a astucia e a traição se possam emboscar. A sua largura significa o poder do amor, e a sua altura, a aspiração do amor à virtude, simbolizada pela pedra angular. As paredes brancas e o piso verde representam, respetivamente, a integridade e a constância, enquanto a translucidez da cama de cristal expressa a lucidez do amor. A porta não pode ser aberta de fora porque o verdadeiro amor sabe que a porta do amor não deve ser forçada. Finamente, as três janelas simbolizam as virtudes do amante: gentileza, humildade e procriação.

Dois dos visitantes famosos da gruta foram Tristão e Isolda, que ficaram nela depois de serem obrigados a abandonar a corte do reino da Cornualha pelo ciúme de Mark, marido de Isolda.

Gottfried von Straaburg, Tristan, Sec. XIII

 

ANTANGIL, enorme Ilha-reino, com cerca de 200 léguas de comprimento e um diâmetro de 1060 léguas, que se estende de 6º a norte do Tropico de Capricórnio até cerca de 50º do Polo Sul.

Podem apanhar-se verões temperados, invernos rigorosos, primaveras agradáveis e outonos soalheiros, em simultâneo, nas diferentes regiões de Antangil, de modo que, qualquer que seja a época do ano, o visitante deve trazer consigo roupa adequada a todas as estações.

Para norte, no Oceano Índico, a zona costeira é abrupta e rochosa, sem baías nem portos, excepto na foz de dois rios, o Iarri a leste- de correntes rápidas mas navegável-, e o Bachir, a ocidente – lento e lamacento. Para sul, além dos vales férteis da região, erguem-se as elevadas Montanhas de Sariche ou Salice, habitadas por um povo selvagem e cruel. As montanhas são de uma grande riqueza mineral. Também para sul fica o Golfo Pachinquir, que penetra cerca de cem léguas na terra; as zonas em redor do golfo, são famosas pelas suas pedras preciosas e belas perolas. Nas aguas do golfo pode ver-se um estranho e delicado animal, grande como um cavalo, com focinho de leão, metade coberto de pelo, a outra metade de escamas; consegue nadar a grande velocidade, mas também se encontra em terra e parece gostar da companhia humana.

Os visitantes que se aproximam de Antagil por mar hão-de reparar no grande vulcão da Ilha Corylée, na costa sudoeste; nas horas da escuridão, o vulcão brilha como um farol, avisando os marinheiros dos perigosos bancos de areia.

O reino de Antagil divide-se em 120 províncias, cada uma com a sua capital. A capital do reino é Sangil, erigida no centro geográfico da ilha. Há muitos séculos, os Habitantes de Antagil decidiram pôr de parte suas discórdias e decidiram trabalhar para a prosperidade de uma nacão unida. Acordou-se que cada cidade seria ser dividida em grupos de dez habitantes sob a liderança de um elemento eleito entre os dez. Estes comandantes ou dizainiers formariam outros grupos de dez, que elegeriam centeniers. Os centeniers elegeriam um rei, que não tomaria decisões sem a aprovação do senado e que não se poderia intrometer nas finanças do reino.

Toda a riqueza de Antangil pertence ao povo, que pode decidir aumentar ou reduzir os impostos públicos e privados. É também o povo que controla o exército, e todos os homens com idade compreendidas entre 18 e 55 anos podem ser chamados à tropa. As leis márcias são rígidas e qualquer acto de pilhagem de um soldado é punível com a morte. A pena de morte pode ser executada tanto por enforcamento como por decapitação, mas a tortura é rigorosamente proibida.

Só as filhas de famílias nobres recebem algum tipo de educação, na proporção da fortuna familiar. As raparigas mais ricas – e, por isso, mais instruídas – saem de universidade aos 24 anos.

A religião de Antangil é o catolicismo, embora certo ritos, tais como a celebração de certos dias santos e a adoração de certos símbolos religiosos estejam excluídos. Não se faz jejum nos dias normalmente prescritos pela religião católica ortodoxa.

Os viajantes descobrirão que todos os hotéis e pousadas têm afixado, por lei, o preço do quartos e das refeições. É proibido dar gorjetas, já que os habitantes locais consideram que só devem ser pagos pelos trabalhos que fazem. A pobreza e desconhecida em todos os pontos do reino e os desempregados são enviados para trabalhar nas minas da Montanhas de Sariche, mantendo assim ocupadas as mãos ociosas e deixando o diabo sem ajudantes.

Joachim du Moulin, Historie du grande t admirable royaume d’Antagil Inconnujusques à présent à tous Historiens et Cosmographes: composé de six vingts provinces três- belles, três fértiles. Avec la description d’icelui,e de la police nonepareille, tant civile que militaire. De l’instruction de la jeunesse. Et de la religion; par I.D.M.G.T., Saumur,1616

 

EUDÓXIA, cidade na Ásia, que se estende para cima e para baixo, com vielas tortuosas, escadinhas, becos e pardieiros. Em Eudóxia existe um tapete onde os visitantes podem observar a verdadeira forma de cidade. À primeira vista, nada se parece menos com Eudóxia do que o desenho do tapete, disposto em motivos simétricos que repetem os seus desenhos ao longo de linhas rectas e circulares, entretecido de espirais de cores resplandecentes, numa repetição que se pode seguir ao longo de toda a trama. Mas, se nos detivermos a observá-la com atenção, persuadimo-nos de que a cada lugar no tapete corresponde um lugar na cidade, e que todas as coisas contidas na cidade constam no desenho, dispostas de acordo com as suas verdadeiras relações, que escapam ao nosso olhar distraído pela azáfama, pela multidão que se acotovela. Toda a confusão de Eudóxia, o zurrar das mulas, as manchas negras de fuligem, o cheiro a peixe, se revela na perspectiva incompleta que captamos. Mas o tapete prova que há um ponto a partir do qual a cidade mostra as suas proporções, o esquema geométrico implícito em caca um ds seus mais ínfimos pormenores.

E fácil perdermo-nos em Eudóxia: mas quando um viajante se concentra e fixa o tapete, reconhecerá a rua que procura num fio carmesim, anilado ou magenta que, através de uma longa volta, o leva ao recinto púrpura que é o seu verdadeiro destino. Cada habitante de Eudóxia compara a ordem imutável do tapete com a sua própria imagem da cidade, com uma angústia sua, e todos podem encontrar, escondida no meio de arabescos, uma resposta, a historia da sua vida as voltas do destino.

Um oraculo foi interrogado sobre a relação misteriosa entre dois objetos tão diferentes como o tapete e a cidade. Um dos dois objectos-respondeu o oráculo –tem a forma que os deuses deram ao ceu estrelado e às órbitas em que giram os mundos; o outro é o seu reflexo aproximado, como todas as obras humanas.

Os áugures já há algum tempo tinham a certeza de que o harmonioso desenho do tapete tinha origem divina. Nesse sentido foi interpretado o óraculo, sem que se suscitasse controvérsia. Mas do mesmo modo se podia tirar a conclusão oposta: que o verdadeiro mapa do universo é a cidade de Eudóxia, tal como é ou seja, uma mancha que alastra, informe, com ruas tortuosas, casas a desmoronar-se umas em cima das outras entre nuvens de poeira, incêndios, gritos na escuridão.

Italo Calvino, Le cittá invisibili [as Cidades Invisiveis], Turim 1972

 

ABÓBORAS, ILHAS DAS, arquipélago no Atlântico Norte assim chamado devido às enormes abóboras que lá cresciam, algumas com dois metros cúbicos. Os habitantes põem‑nas no exterior a secar, retiram‑lhes a parte de dentro e usam a casca como barcos, o caule como mastro e as folhas como velas. Os habitantes são piratas que pilham as ilhas vizinhas, conhecidos como «piratas das abóboras» pelos seus inimigos, os Nutnaut (ver Ilha das Nozes), contra quem lançam a sua esquadra de abóboras gigantes.

Luciano de Samósata, História Verdadeira, séc.II

 

ABADIA, A (por vezes designada como ABADIA DA ROSA, embora este nome tenha surgido bastante mais tarde), ruínas de uma enorme abadia italiana situada no cimo de uma cordilheira, sobre duas pequenas aldeias agora abandonadas. A abadia foi destruída por um fogo em 1327 e, de uma construção outrora imponente, só restam ruínas dispersas. A hera cobre pedaços de muros, de colunas, e as poucas arquitraves que ainda se mantêm intactas; as ervas daninhas invadiram o terreno por todo o lado, obscurecendo os lugares onde em tempos cresceram legumes e flores. Apenas a zona do cemitério se mantém reconhecível, já que algumas campas ainda se erguem acima do nível do solo. Da porta da igreja há apenas alguns traços, corroídos pelo bolor, mas metade do tímpano sobreviveu e o viajante ainda pode observar, dilatado pelos elementos e amortecido por líquenes, o olho esquerdo de um Cristo entronizado e vestígios de um focinho de leão.

Mesmo durante os seus dias de glória, a abadia não era tão imponente como as de Estrasburgo, Chartres, Bamberg e Paris. Assemelhava‑se às que foram erigidas em Itália durante os séculos XIII e XIV, com uma ligeira inclinação subindo vertiginosamente em direcção aos céus. Tinha a base solidamente alicerçada na terra e era encimada por uma série de parapeitos quadrados, como uma fortaleza. Acima desse nível erguia‑se outra construção, que não era tanto uma torre mas mais uma segunda igreja, sólida, encimada por um telhado inclinado e perfurada por janelas austeras. Duas colunas sem ornamentos flanqueavam uma entrada, à primeira vista aberta como um simples arco; contudo, a partir dele, duas canhoneiras encimadas por múltiplos arcos conduziam o olhar, como que no interior do coração de um abismo, em direcção a uma porta. A própria entrada era coroada por um grande tímpano, suportado por duas cornijas e por um pilar central cinzelado que dividia a entrada em duas aberturas com portas de carvalho reforça‑das a metal. A pedra interior esculpida proporcionava uma visão inesquecível de um trono celeste e de uma figura sentada nesse trono. O  rosto do Sentado era austero e impassível, os olhos grandes e muito abertos; um cabelo e uma barba majestosos envolviam‑lhe o rosto e cobriam‑lhe o peito como as águas de um rio, em caudais simetricamente divididos ao meio. A coroa que ostentava na cabeça era rica em laca e jóias, e a túnica púrpura, imperial, ricamente bordada, caía em largas pregas sobre os joelhos. A  mão esquerda repousava sobre um joelho e segurava um livro selado, e a direita erguia‑se em sinal de bênção ou de admoestação. Havia quatro criaturas horríveis dispostas em torno do Sentado: uma águia, de asas esticadas e bico aberto; um leão e um boi alados e aureolados, ambos segurando um livro nas patas dianteiras; e um homem com um ar simultaneamente belo e bondoso, mas com um ar inexplicavelmente assustado.

O Aedificium, primeiro local de recepção dos viajantes antes do incêndio, é agora apenas entulho, à excepção da danificada parede sul, que parece aguentar‑se e desafiar o curso do tempo. As duas torres exteriores, inspeccionando a falésia, surgem quase intactas, mas lá dentro o olhar do viajante dirige-se de imediato para o céu aberto por entre uma brecha no andar superior, e tudo aquilo que não é verde por acção do musgo é ainda preto devido ao fumo de há séculos.

No seu auge, o Aedificium era uma construção octogonal que a uma certa distância parecia um quadrilátero, a forma perfeita para exprimir o carácter vigoroso e inexpugnável da Cidade de Deus. Três filas de janelas proclamavam a trindade no ritmo do seu alçado, e cada esquina incluía uma torre heptagonal, com cinco lados visíveis do exterior. Cada um destes números sagrados tinha um subtil significado espiritual: oito era o número da perfeição; quatro era o número de Evangelhos; cinco era o número das regiões do mundo; sete era o número dos dons do Espírito Santo.

O mais admirável de todos os edifícios da abadia era a biblioteca localizada no interior do Aedificium. Era possível entrar na biblioteca tanto pelo próprio Aedificium, cujos portões estavam ciosamente guardados pelo bibliotecário‑chefe, como através de uma passagem secreta pelo ossário. A arquitectura da biblioteca, em si mesma, era labiríntica, cheia de escadas que não conduziam a lado nenhum e de salas que reflectiam outras salas; espelhos, corredores sem saída e portas falsas ajudavam a aumentar a confusão. Disse‑se que os arquitectos anónimos se inspiraram nos planos da biblioteca de Babel.

 De entre os tesouros que a biblioteca guardava, o maior de todos era o há muito perdido tratado de Aristóteles sobre a comédia. Terá sido para preservar o mundo do conhecimento dessa obra – que se pensava encorajar o esquecimento de Deus – que um velho monge terá cometido aqui uma série de assassínios atrozes, culminando na destruição da própria abadia.

Os viajantes interessados na história da abadia são encaminhados para Le Manus‑crit de Dom Adson de Melk, traduit en français d’après l’édition de Dom J. Mabillon, de um certo Abbé Vallet (Aux Presses de l’Abbaye de la Source, Paris, 1842). Há referências adicionais ao original de Adso em Milo Temesvar, On the Use of Mirrors in the Game of  Chess, Tbilisi, 1934.

Umberto Eco, Il nome della rosa [O Nome da Rosa], Milão, 1980

 

Colina Negra, Baía da, pequena baia e lugarejo na costa de Devon, em Inglaterra , perto da qual se situa a Estalagem Almirante Benbow, isolada da estrada para Bristol. O lugar oferece cama e Pequeno-almoço.

Os Visitantes devem estar cientes de que foi nesta estalagem que surgiram os Papeis e o mapa com as indicações necessárias para se chegar a ilha do Tesouro. Foram encontrados entre os pertences de um marinheiro conhecido por Bill Bones, que tinha acompanhado o famoso capitão Flint quando este enterrou o seu tesouro naquela ilha. Bill Bones viveu por algumas semanas na estalagem, temendo evidentemente que alguém do seu passado o pudesse encontrar e matar de modo a obter o mapa. Quando morreu vítima de uma apoplexia, Jim Hawkins, filho da dona, encontrou os papeis e levou-os ao fidalgo Trelawney, que equipou um navio para partirem em busca do tesouro escondido.

Caso os visitantes oiçam os passos de uma perna de pau, são aconselhados a ignora-lo, uma vez que o responsável por esse ruido já há muito deixou este mundo.

Robert Louis Stevenson, Treasure Island [A Ilha do Tesouro], Londres, 1883


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Additional Hints (Decrypt)

Zntargvpn qrfpevçãb pbz b "Tenaqr vezãb" R ncerpvn n ivfgn!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)