O concelho de Santarém situa-se na margem direita do Tejo, que o limita a leste, e a Sul do Maciço Calcário Estremenho de Porto de Mós (serras de Aire e Candeeiros).
O concelho de Santarém situa-se na margem direita do Tejo. Faz fronteira com os concelhos de Porto de Mós, Alcanena e Torres Novas, a Norte; a Sul, com os do Cartaxo e Almeirim; a Leste com os da Golegã, Chamusca e Alpiarça e a Oeste com os de Rio Maior e Azambuja. Insere-se na província ribatejana que é constituída na sua maior parte pelo distrito do qual a cidade de Santarém é a capital.
O Ribatejo corresponde à bacia sedimentar do Tejo, estabelecendo a transição entre o Litoral e o Interior. Com uma área de 56.260 hectares, este concelho pode considerar-se de média dimensão à escala nacional. O seu comprimento máximo, medido entre o Covão dos Porcos (maciço de Porto de Mós) a Norte e a foz da Vala Travessa (no Tejo) a Sul, é de 31,6 quilómetros. A sua sede, elevada a cidade em 1868, é considerada a rainha do Ribatejo. É rica em património histórico-cultural e, mesmo a nível concelhio, se encontram várias e abundantes estruturas monumentais bem como vestígios da ocupação romana e árabe que atestam a riqueza histórica desta região.
Santarém chegou a ter acesso directo ao mar através da navegabilidade do Tejo. Localizada sobre uma elevação, a sua situação geográfica e confere-lhe pontos de vista, para Norte e Nascente, de inegável beleza. Neste contexto destacam-se as Portas do Sol, autêntica varanda sobre o Tejo, ajardinada em 1895, com um miradouro feito na porta que se encontra na direcção do sol levante.
AS ZONAS NATURAIS
Ao longo do concelho evidenciam-se diferenças que correspondem a tipos climáticos, pedológicos, topográficos e de intervenção humana (usos do solo) distintos. Em conformidade com esta situação consideram-se habitualmente quatro zonas naturais bem individualizadas, algumas das quais integrando diversas subzonas, a saber: o Campo, o Bairro, a Charneca e a Serra.
O Campo (ou Lezíria) corresponde às planuras inundáveis da margem direita do Tejo e do curso inferior dos seus principais afluentes. Constitui-se de aluviões modernos profundos e férteis, de elevada produtividade (são dos melhores solos agrícolas do país), onde se praticam os regadios mediterrânicos (e.g. tomate, melão). Predominam os cereais de Outono/Inverno (trigo e cevada), a vinha e o milho. O girassol e o milho têm boas condições de expansão e o melão reveste-se de alguma importância. O arroz, outrora o uso dominante destes terrenos, é hoje inexistente. A água é aqui um expressivo modelador da paisagem, sendo as cheias um factor limitante ao uso da terra.
O Bairro espraia-se pelo centro do concelho salientando-se como a zona que maior área abrange. Apresenta um ondulado característico e os seus solos, argilo-arenosos e argilo-calcários, suportam diversos tipos de culturas de sequeiro: a vinha, o olival e as culturas arvenses que, por vezes, ocorrem no sobcoberto do olival. Segundo a carta ecológica de Pina Manique Albuquerque, o Bairro está incluído na zona atlântico-mediterrânica-submediterrânica o que se traduz no facto de ser o domínio potencial de elementos da vegetação natural como o Zambujeiro, o Pinheiro-manso, o Pinheiro-bravo, o Carvalho-cerquinho e o Sobreiro.
A Charneca localiza-se, em depressão, entre o Bairro e a Serra e, para alguns autores, ela apenas representa uma subzona daquele. Aqui se concentra a mancha florestal mais significativa do concelho composta por pinhais e eucaliptais, embora também ocorram a Oliveira, a Vinha e os matagais. É um território de solos mais ou menos pobres com natural aptidão silvícola.
A Serra, integrada no maciço estremenho de Porto de Mós, limita a Norte o concelho. É a zona de maior altitude e nela podem observar-se afloramentos rochosos e pedras soltas em grande abundância. Constitui-se de relevos calcários de feição atlântico-mediterrânica onde predominam, na vegetação natural, o Zambujeiro, o Carvalho-cerquinho e a Azinheira. Aqui e ali, os relevos são interrompidos por vales (depressões) mais ou menos planos, de solo mais fundo e fértil muitas vezes arrastado das encostas, com pequenas manchas agrícolas. O solo é vermelho de calcário e os campos são ladeados por muros de pedra que têm origem na despedrega dos terrenos. Os muros contribuem para dificultar o acesso às culturas por parte de coelhos e de outros mamíferos prejudiciais à actividade agrícola. A ocupação do solo é feita sobretudo pela vegetação natural e pela Oliveira. A actividade económica dominante é a extracção de pedra e seu tratamento com vista à construção de pavimentos e ornamento, Por isso, no seio da Serra encontram-se diversas pedreiras com óbvios impactos negativos sobre a qualidade do ambiente em geral e da paisagem em particular. Embora francamente minoritária, existe aqui uma indústria caseira de fabrico de tapetes e mantas de lã que utilizam a matéria-prima dos rebanhos de ovelhas.
Portas do Sol
Das imponentes fortificações de Santarém pouco resta. As Portas do Sol assentam sobre muralhas e têm ainda três torreões. Além da Porta do Sol, hoje varanda panorâmica, vê-se uma outra porta que dava para o Alfange. Alguns lanços de muros e um troço da Porta de Santiago, completam os vestígios do que foi um dos mais importantes castelos medievais. Ajardinado em 1896, é hoje a sala de visitas da cidade.
Museu das Portas do Sol
O Centro de Interpretação Urbi Scallabis, o quarto núcleo museológico, materializando uma nova perspectiva da museologia local, assente em equipamentos interactivos.
EVENTOS DE DESTAQUE
Festival Nacional de Gastronomia! (FINAL DE OUTUBRO/INICIO DE NOVEMBRO)
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