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Linha do Tua - Estação do Tua Traditional Cache

This cache has been archived.

NSilva & Gorete: Agradecemos desde já aos pseudo geocachers que tiveram o cuidado em contribuir para o desaparecimento da Cache.

Cada vez mais me interrogo se vale a pena continuar ...

Cumprimentos,

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Hidden : 7/12/2009
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


LINHA DO TUA - ESTAÇÃO DO TUA

A LINHA DO TUA

Com esta série de Caches pretendemos dar a conhecer alguns pontos desta linha com 120 anos de história e que foi equiparada, pelos mais reputados engenheiros, em termos de dificuldade, às Linhas ferroviárias dos Alpes Franceses ou Suíços. Pela sua beleza e rigor técnico, merecia ser classificada como Património Nacional ou, mesmo, Património Mundial da Humanidade. Mas em vez disso prevê-se a sua destruição com a construção de uma Barragem que fará desaparecer uma parte importante desta linha. Perdem-se as paisagens únicas daqueles vales, perde-se a principal referência de toda uma região que ficará certamente mais pobre.
 

A Linha do Tua liga a estação de Tua (Linha do Douro) à estação de Bragança, numa distância total de 133,8 km. A linha encontra-se em funcionamento apenas no troço Cachão - Carvalhais. O troço Carvalhais - Bragança encontra-se encerrado a todo o tráfego ferroviário desde 1991.

Estações e apeadeiros da Linha do Tua

000,0km - Tua(Linha do Douro)
004,3km - Tralhariz(Apeadeiro)
007,6km - Castanheiro(Apeadeiro)
013,4km - Santa Luzia
015,6km - São Lourenço (Apeadeiro)
017,8km - Tralhão(Apeadeiro)
021,2km - Brunheda(Apeadeiro)
025,1km - Codeçais(Apeadeiro)
029,3km - Abreiro
033,9km - Ribeirinha(Apeadeiro)
038,8km - Vilarinho(Apeadeiro)
041,9km - Cachão
045,0km - Frechas
048,5km - Latadas(Apeadeiro)
054,1km - Mirandela
055,2km - São Sebastião (Apeadeiro)
058,2km - Carvalhais
061,1km - Vilar da Ledra (Apeadeiro)
065,3km - Avantos (Apeadeiro)
067,2km - Romeu
074,1km - Cortiços
078,9km - Grijó
082,8km - Macedo de Cavaleiros
085,3km - Castelãos (Apeadeiro)
089,3km - Azibo
091,8km - Salselas (Apeadeiro)
094,6km - Valdrez (Apeadeiro)
096,9km - Sendas
099,3km - Vila Franca (Apeadeiro)
100,8km - Chãos (Apeadeiro)
101,8km - Fermentãos (Apeadeiro)
104,6km - Salsas
110,3km - Rossas
117,1km - Sortes
119,8km - Remisquedo (Apeadeiro)
122,1km - Rebordãos (Apeadeiro)
125,6km - Mosca
133,8km - Bragança

Cronologia

1878 - Apresentação de dois projectos para a construção de uma linha de caminho de ferro pelo vale do Tua. Engenheiro João Dias (margem direita), e engenheiro António Pinheiro (margem esquerda)

22 de Junho de 1882 - Apresentação pela Câmara Municipal Mirandela à Câmara dos Pares do pedido de aprovação do projecto de lei para a subvenção de 135 contos de réis para cobrir a garantia de juro de 5% para a empresa que construísse a via. Tiveram o apoio de várias personalidades do Comércio do Porto, de entre as quais se destaca Clemente Meneres, considerado um dos pais da Linha do Tua, e personalidade das mais ligadas a esta linha.

11 de Janeiro de 1883 - A CM Mirandela apela a El Rei D. Luís I, juntamente com a Associação Comercial do Porto, para a aprovação do projecto de construção da Linha do Tua. Este grupo de pressão manteve o poder comercial da zona do Douro, contra o desejo de se desviar as principais rotas para a Linha da Beira Alta, potenciando o sucesso fundamental das Linhas do Douro e do Tua.

26 de Abril de 1883 - É lançado em Carta de Lei o concurso para a construção da via férrea do Vale do Tua, sendo o vencedor o mesmo grupo responsável pela construção da Linha do Dão, a 2ª Via Estreita do país, sendo a figura maior o Conde da Foz.

Dezembro de 1883 - O contrato é trespassado à Companhia Nacional, por inabilidade do anterior grupo para a execução do projecto.

26 de Maio de 1884 - Adjudica-se a obra à CN por decreto governamental.

30 de Junho de 1884 - Assinatura do contrato definitivo pela CN.

16 de Outubro de 1884 - Arranque das obras da via, em Mirandela. Depois de pouco tempo, o engenheiro é forçado a desistir, ao não revelar firmeza para a liderança da força de trabalho conflituosa, e ao mesmo tempo dirigir a obra, que revelava ser um desafio enorme. É substituído pelo açoreano Dinis da Mota, cuja assinatura passaria ainda pela Linha do Dão.

27 de Outubro de 1887 - Inauguração da Linha do Tua, entre o Tua e Mirandela, com a locomotiva Trás-os-Montes, tripulada pelo engenheiro Dinis da Mota. D. Luís I e o Príncipe Real compareceram às concorridas cerimónias na estação de Mirandela.

1899 - Reorganização dos Caminhos de Ferro em Portugal, e criação do Fundo Especial dos Caminhos de Ferro, que possibilitou um relembrar do reatamento das obras rumo a Bragança.

1901 - Uma firma inglesa mostra interesse em construir o troço Mirandela - Bragança, e ainda um ramal de ligação às minas de Vimioso, mas o processo não avança e cai rapidamente no esquecimento.

24 de Março de 1902 - É firmado um contrato provisório de construção com aquele que ficaria celebrizado numa estela na estação de Bragança, e com a avenida que começa neste edifício, como o "arrojado empreiteiro do caminho-de-ferro Mirandela-Bragança", João da Cruz.

20 de Julho de 1903 - A CN, depois de João da Cruz, pela dimensão da obra, lhe ter trespassado o contrato de construção, e depois de uma reunião promovida pela CM Bragança, onde figurou o incansável patrono da Linha do Tua Conselheiro Abílio Beça, relança a construção final da via para Bragança. João da Cruz será o engenheiro-chefe e empreiteiro da obra; virá a falir com este esforço.

02 de Agosto de 1905 - O Comboio chega ao Romeu.

15 de Outubro de 1905 - O Comboio chega a Macedo de Cavaleiros.

18 de Dezembro de 1905 -  O Comboio chega a Sendas.

14 de Agosto de 1906 - O Comboio chega a Rossas.

01 de Dezembro de 1906 - O Comboio chega a Bragança. Bragança não é estação de topo, mas as obras acabam para não mais serem reatadas, de modo a levar a Linha do Tua até à Puebla de Sanábria [Espanha].

27 de Abril de 1910 - Morre na estação de Salsas o Conselheiro Abílio Beça, trucidado pelo comboio que tão incansavelmente tinha lutado para trazer à capital de distrito.

Década de 1940 - A Linha do Tua passa para a CP.

15 de Dezembro de 1991 - Encerramento do troço Mirandela - Macedo de Cavaleiros. Entram em funcionamento autocarros de substituição para transbordo, deixando o troço Macedo de Cavaleiros - Bragança isolado do resto da Linha do Tua;

17 de Dezembro de 1991 - Descarrilamento em Sortes, danificando a locomotiva e fazendo um ferido. O troço Macedo de Cavaleiros - Bragança é encerrado "por questões de segurança";

18 de Dezembro de 1991 - Populares sequestram os autocarros de substituição nos Cortiços, e cortam-se ainda estradas em Fermentãos e Salsas, como protesto pela falta de comboios. Em Lisboa reunem-se autarcas da região servida pela Linha do Tua e a CP, de onde se declara que "a Linha do Tua não será encerrada";

14 de Outubro de 1992 - Noite do Roubo: de madrugada, sem aviso prévio, com escolta policial e um apagão nas comunicações rádio e telefone, é retirado por via rodoviária o material circulante estacionado nas estações de Bragança e Macedo de Cavaleiros. A operação, que custou 12 mil contos, foi justificada como necessária "para reparação do material circulante". Até hoje, os comboios não voltaram a Bragança.

28 de Julho de 1995 - Inauguração do Metro de Mirandela, a operar entre as estações de Mirandela e Carvalhais, no troço encerrado há 3 anos. Foi a primeira reabertura de linha a manter-se até aos nossos dias; O projecto prevê a exploração até ao Cachão.

2001 - Saem de circulação as locomotivas Alsthom e as carruagens "napolitanas", e o Metro de Mirandela (empresa municipal participada pela C.P., E.P.) passa a explorar toda a via, desde o Tua até Carvalhais. Mudança radical nos horários, e introdução, temporária, de autocarros de substituição. Início das obras de reconversão da estação de Bragança.

24 de Janeiro de 2004 - Inauguração da estação rodoviária de Bragança, no edifício da estação ferroviária e espaços adjacentes.

2006 - Dois milhões de euros são investidos em obras de consolidação e reparação da linha.

12 Fevereiro de 2007- Um desabamento de terras motiva a queda de uma composição comercial do metro de Mirandela no rio Tua. Morrem três dos cinco passageiros que faziam a ligação entre as estações da Foz do Tua e Mirandela.

Janeiro de 2008 - Reabertura da linha depois do acidente anterior.

10 Abril 2008 - Três trabalhadores da REFER ficam ligeiramente feridos, numa acidente na linha.

2 de Junho de 2008 - Anunciada a reabertura do troço entre a Estação do Tua e o Apeadeiro da Ribeirinha para 22 de Maio acabou por ser adiada para 2 de Junho

22 de Agosto de 2008 - Um acidente ferroviário perto da estação de Brunheda, Carrazeda de Ansiães, causou dois mortos e dezenas de feridos. A linha é encerrada.

 

ESTAÇÃO DO TUA - KM 00,0

A Estação do Tua é uma estação ferroviária situada na aldeia do Tua, no extremo Sudoeste do concelho de Carrazeda de Ansiães, e por conseguinte também do distrito de Bragança. Inserida no Douro Vinhateiro Património da Humanidade, encontra-se a escassos metros do Rio Douro e da foz do Rio Tua.

Os primórdios da estação do Tua remontam à construção da Linha do Douro. Esta linha, que deveria ligar o Porto à Espanha, atravessando primeiro as terras menos desenvolvidas a Norte do Douro (à época), e entrando depois no vale deste gigante ibérico, chegou à estação do Tua a 1 de Setembro de 1883, com a abertura do troço Pinhão - Tua. Durante quase 4 anos, a estação do Tua foi terminal da Linha do Douro, onde ainda permanece a rotunda ou placa giratória necessária à inversão de marcha das locomotivas a vapor. Em 1887, a estação do Tua seria palco da abertura de 2 novos troços ferroviários:

  • 10 de Janeiro: Tua - Pocinho
  • 27 de Setembro: Tua - Mirandela

O primeiro foi a continuação da Linha do Douro, a qual ficaria concluída em 9 de Dezembro de 1887 com a chegada do comboio a Barca d'Alva, onde a ligação internacional se faria a partir da Ponte do Águeda. O segundo fez história ao constituir o nascimento da Linha do Tua.

A estação do Tua constituía há não muito tempo atrás o terminal do sub-troço de serviço de passageiros Régua - Tua. Hoje em dia qualquer comboio de passageiros que passe além da Régua vai sempre até ao Pocinho. É na estação do Tua que o único serviço de comboios a vapor ainda existente em Portugal pára, e regressa até à Régua. Este comboio, que por motivos de segurança circula muitas vezes com uma máquina a diesel em vez da máquina a vapor, tem tido uma procura acima da média, constituindo uma viagem de sonho pelo Vale do Douro.

Aquando do acidente de 12 de Fevereiro de 2007 na Linha do Tua, a estação do Tua serviu como base de operações para os serviços que prestaram socorro às vítimas, e de busca das vítimas mortais.

No espaço da estação pode-se encontrar material histórico de via estreita. Num telheiro cercado, encontra-se uma máquina a vapor e algumas carruagens e vagões, dos quais se destaca uma rara (ainda que em muito mal estado) ambulância postal. Fora deste telheiro, restam ainda as carruagens napolitanas, construídas nas Oficinas Ferroviárias Meridionais de Nápoles em 1931. Sendo topo de gama na altura da sua construção, fizeram serviço em Portugal noutras linhas, como as de Guimarães, Corgo e Vouga, sendo as que por último chegaram a estações como as de Guimarães (última viagem antes da reconversão para via larga) e Chaves. Hoje em dia estão votadas a um estado de degradação e vandalismo generalizado.

 

 

 

A CACHE é de tamanho Micro com logbook e stashnote. Seja discreto na procura pois por vezes há olhares curiosos por perto.

 

ATENÇÃO

Pedimos que voltem a colocar a Cache no sítio e da forma como a encontraram.

Additional Hints (Decrypt)

Pnagb vasrevbe qvervgb ...

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)