O Pedestrianismo é a actividade desportiva de percorrer
distâncias a pé. O
pedestrianismo procura os caminhos tradicionais e de montanha, no
meio rural, nos interiores e nas faixas costeiras e às vezes,
também, nos parques de cidade, tornando-se uma prática desportiva
acessível a todos. Para
facilitar a sua prática foram criados os percursos pedestres
sinalizados que têm por finalidade conduzir os praticantes que os
percorrem de forma que estes não se percam.
Venham até Amarante percorrer os dois percursos pedestres
homologados. Apesar de serem independentes, quase se tocam numa
parte do percurso, pelo que podem ser percorridos como um só
percurso em forma de 8. Poderão começar em qualquer parte do
percurso e seguir no sentido horário ou anti-horário: estão
marcados nos dois sentidos. No total terá percorrido cerca de 18km.
Mesmo assim, aconselhamos que a caminhada tenha inicio num dos
pontos de partida de cada percurso. Levem agua e alimentos. Poderá
não ser fácil encontrar durante a caminhada. Por onde caminhar, traga consigo
apenas fotografias, deixe somente pegadas...
|
|
O PR1
“Rota do Marancinho”, no concelho de Amarante, deve a
sua designação ao facto de uma boa parte do percurso se desenrolar
junto à ribeira com o mesmo nome, por um lado, e, por outro, porque
o topónimo “Marancinho” (Marãozinho) faz lembrar o
Marão, uma das grandes referências do património natural desta
região.
Com início e termo junto à igreja românica de Gondar e
desenvolvendo-se em território das freguesias de Gondar, Lufrei e
Vila Chã, este percurso, de mais de seis quilómetros, faz-se, em
grande parte, por caminhos e veredas ancestrais, incluindo um belo
troço da antiga via romana que, por Amarante, ligava Tongobriga
(perto de Marco de Canavezes) ao santuário rupestre de Panóias (a
escassos quilómetros da cidade de Vila Real).
Alternando entre o vale e a montanha, decorrendo ora por entre
culturas e pastagens, ora por entre matagais e pequenos bosques de
pinheiros, sobreiros e castanheiros, o itinerário integra, não
apenas uma fauna e flora rica e variada, mas também vários
exemplares do património histórico-cultural da região, alguns deles
classificados, destacando-se a igreja românica de Gondar e os
vestígios da milenar via romana. A Rota do Marancinho, sublinhe-se,
constitui um percurso registado e homologado pela Federação de
Campismo e Montanhismo.
Caracteristicas:
Nome: PR1- Rota do
Marancinho
Local: Mosteiro de Gondar -
Amarante
Tipo de percurso:
Desportivo, Histórico-cultural, ambiental e paisagístico.
Distância: 6 km em
circuito
Duração: Cerca de 2
horas
Grau de dificuldade:
Fácil
|
O PR2, Rota de São Bento, com
início na praia fluvial de Rua, Aboadela, desenvolve-se ao longo de
12 km, abrangendo as freguesias de Sanche, Olo, Vila Chã e
Gondar.
Após a passagem pela freguesia de Sanche, chegamos ao lugar de
Cruzeiro, Gondar. O percurso passa por um antigo troço da via
romana, junto à ribeira de Marancinho, onde se pode ainda observar
um pontão romano sobre a ribeira e umas dezenas de metros da via,
amparada, devido à inclinação do terreno, por um robusto muro de
suporte. A via seguia por Sanche, transpondo o rio Ovelha no lugar
de Rua, para depois atravessar o Marão pela Lameira e continuar em
direcção a Panóias.
Seguidamente, um caminho íngreme, aberto recentemente, leva-nos ao
topo da montanha, a 550 metros de altitude, no lugar dos
Picotos.
Chegados ao cimo, avistando já terras de Basto a um lado e, numa
sucessiva ondulação de relevos, as serras do Marão e Aboboreira a
outro, seguimos pelo cume da colina até entrar, uns 1500 metros à
frente, num secular caminho, provavelmente dos finais da Idade
Média, enriquecido por uma fauna e flora diversificadas e onde
poderemos, com um pouco de sorte, ser surpreendidos por algum
esquilo trepando velozmente o tronco de uma árvore ou observar a
terra remexida, durante a noite, pelos javalis na procura dos seus
alimentos. No final deste simpático caminho e depois de passar
pelas ruínas duma vetusta estalagem que servia de apoio aos
viajantes e almocreves na sua longa e dura travessia do Marão,
sobe-se, por um caminho aberto sobre a antiga via medieval, até à
capela de S. Bento, onde, perante uma deslumbrante paisagem sobre o
vale de Aboadela e as encontras agrestes da serra do Marão e
rodeados por uma vegetação autóctone onde predomina a carqueja, o
tojo e a urze, podemos, numa atitude terapêutica, recuperar as
forças e retemperar o espírito para o resto da caminhada.
Depois, por caminhos florestais que serpenteiam a encosta,
inicia-se a descida para o vale de Aboadela até entrar, já no vale,
num velho trilho que, em ambiente bucólico por entre campos
laboriosamente trabalhados, nos leva até às águas puras e
cristalinas do rio Ovelha. Atravessado o rio e o IP4, chega-se
finalmente, a um dos pontos altos deste percurso – o lugar da
Rua, ou melhor, Ovelha do Marão. Este lugar, cujas origens se
perdem no tempo, é o mais emblemático deste percurso. Carregado de
história e de estórias, constitui um conjunto arquitectónico que
pela sua simplicidade e rusticidade surpreende qualquer visitante.
Sede de Ovelha do Marão que, em tempos, já foi beetria, honra e
concelho, conserva, no seu pelourinho, símbolo da autonomia local,
constituído por uma coluna cilíndrica assente numa base com três
degraus de acesso e encimada por um tabuleiro quadrangular sobre o
qual pousa o remate em forma piramidal, num cruzeiro seiscentista,
na ponte de estilo românico, na fachada de uma pequena capela
renascentista e na antiga Casa da Câmara, as memórias desse passado
de glória.
Terminada a visita a este histórico lugar, regressamos ao ponto de
partida.
Caracteristicas:
Nome: PR2 - Rota de S.
Bento
Local: Rua Aboadela -
Amarante
Tipo de percurso:
Desportivo, Histórico-cultural, ambiental e paisagístico.
Distância: 12 km em
circuito
Duração: Cerca de 3
horas
Grau de dificuldade:
Médio
|
|