O TESOURO
DE D. SEBASTIÃO
(Castelo Pirescoxe)
O chamado Castelo de Pirescoxe
remonta ao século XV, quando, em 1442, Nuno Vasques de Castelo
Branco e sua esposa, D. Joana Zuzarte, instituíram um morgadio
neste local, até então uma quinta da família. Fizeram erguer, desse
modo, um paço monumentalmente acastelado, para a sua
residência. No século XVII os espaços interiores
sofreram alguns restauros. No século seguinte, com o falecimento de
D. Pedro Castelo Branco, capitão da guarda do príncipe D. Teodósio,
um dos filhos de D. João V (1706-1750), extinguiu-se a linhagem dos
Castelo Branco. Finado o derradeiro proprietário do paço, o imóvel
veio a conhecer abandono, caindo em ruínas. A partir de 2001, por
iniciativa da Câmara Municipal de Loures, com a colaboração do
I.P.P.A.R., desenvolveu-se um extenso projecto de consolidação,
recuperação e revitalização do conjunto, requalificado como espaço
cultural. O projecto, de autoria do arquitecto Silva Dias, teve os
trabalhos de prospecção arqueológica a cargo da arqueóloga Raquel
Silva. Estão disponíveis ao público visitante, hoje, auditório ao
ar livre para eventos culturais, cafetaria, galeria de artes
plásticas, sala multiuso, além da área envolvente,
ajardinada.
(Aspecto do castelo antes das obras de restauro)
Características
De pequenas dimensões, com
planta quadrada, embora aparente externamente uma arquitectura
militar, conhece-se apenas em suas linhas gerais a disposição
interna do conjunto, de uso civil. Uma muralha baixa, rematada por
ameias, envolve todo o conjunto, reforçado por três torres, também
de planta quadrada, ameada, com apenas dois pavimentos. Estas
torres, assimetricamente dispostas, são flanqueadas por matacães
sobre modilhões. Interiormente, o centro do
conjunto funcionava como pátio, a partir do qual se acedia às
diversas áreas. No lado da fachada principal erguia-se o corpo
residencial, onde subsiste uma grande chaminé no Salão Nobre. Este,
liga-se lateralmente a dois outros corpos onde existiam quartos,
áreas de apoio e uma capela (de que ainda restavam vestígios em
1939, como o espaço e a abóbada, originais). Nos fundos,
localizavam-se as dependências domésticas e da criadagem, como
cozinhas, despensas e armazéns.
(Aspecto do Castelo depois das
obras de restauro)
A lenda do
tesouro de D. Sebastião
A tradição local afirma que se
oculta, nas caves do castelo, o tesouro de D. Sebastião
(1568-1578), afirmando-se ainda que a última proprietária do imóvel
mudou-se por não suportar mais ser incomodada, durante a noite, por
curiosos em busca dessa riqueza. António Godinho, um historiador
local, afirma que pode haver um fundo de verdade na lenda, uma vez
que um dos antigos proprietários do castelo acompanhou aquele
soberano na fatídica batalha de Alcácer Quibir.
(Vista lateral do
Castelo)
A
Cache
O objectivo desta Cache é
levar-vos a tentar descobrir o tão cobiçado tesouro de D.Sebastião
e dar-vos a conhecer esta zona da periferia de Lisboa. Embora a
Cache se encontre no exterior do Castelo aproveitem a ida a esta
zona para visitar este monumento classificado como Imóvel de
Interesse Público por Decreto publicado em 5 de Dezembro de 1961 e
se levarem crianças podem sempre aproveitar o Parque Infantil.
Sejam bastante cuidadosos na vossa procura. Não é preciso arrancar
nenhuma pedra da muralha para a descobrir. E atenção aos muggles
que ao fim de semana costumam ser em grande
número.