Esta cache faz parte de um
conjunto.
Com cada uma das caches
pretendo levar o geocacher a visitar vários locais ou monumentos
evocativos das várias eras da história de Lisboa:
Teatro
[Olisipo]
Castelo
[Alusbona]
Judiaria
[Lisboa Medieval]
S. Jerónimo
[Lisboa da Expansão]
Passeio Público
[Lisboa Romântica]
Uptown
[Lisbon]
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A conquista da Península
Ibérica pelos romanos enquadra-se entre os episódios das lutas
que opuseram cartagineses e romanos pelo domínio político e
económico do Mediterrâneo Ocidental. Em princípios do
século II, toda a região portuguesa a sul do Tejo,
encontrava-se sob o dominio romano, transformando-se, em
breve, a luta contra os cartagineses, numa guerra contra os
indígenas pela posse de toda a Península.
A pacificação
complecta da região onde actualmente se recorta Portugal, só foi
conseguida com o domínio da
Callaecia, onde se inserem
o Minho e Trás-dos-Montes, por Augusto em 25 a.C. que, para o
efeito, se deslocou à Peninsula em 26 a.C.. É Augusto que impõe à
Peninsula uma nova organização administrativa, dividindo-a em três
províncias: a Tarragonense, a Bética e a Lusitânia.
Por sua vez a
Lusitânia está dividida, segundo testemunhos de Plínio, em três
Conventus, que
correspondiam a circunscrições jurídicas: o
Conventus Emeritense
(capital em Emeritas Augusta), Pacense (Pax Julia) e o Scalabitano
(sede em Scallabis). Os
Conventus tinham como
origem um acampamento militar, o que significava que tinham
população maioritáriamente romana. Não há, pois, que admirar não
ter sido Olisipo, apesar da sua importância, escolhida para capital
dum Conventus, atendendo
às suas origens e, especialmente, à autonomia de que gozava como
municipium.
O
território dependente de Olisipo abrangia uma zona que ia
de Torres Vedras, a norte, e, a oriente, até às proximidades
de Alenquer, coincidindo, mais ou menos, com aquilo, que na
Idade Média, se designava por Termo de Lisboa.
O tratamento
de excepção conferido a Olisipo, que Estrabão e Plínio reconheciam
como a povoação mais importante do ocidente peninsular e das
margens do Tejo, devia radicar-se no alto nível urbanístico já por
ele atingido quer no seu poder económico, como principal entreposto
comercial sobre o Atlântico, ou, talvez, essencialmente, atendendo
à composição da sua população, entre a qual se contava já um grande
número de romanos ou romanizados. Não admira, pois, que vários
autores considerem que Olisipo era uma segunda capital da
Lusitânia, baseando-se no facto de aí ter aparecido uma inscrição
em que figura um governador da Província.
in "O Livro de
Lisboa"
O Teatro
Romano é um dos mais significativos e importantes edifícios de
Olisipo. Construído na época do Imperador Augusto e reconstruído em
57 d.C., ao tempo de Nero, ocupa a vertente sul da colina do
Castelo. Abandonado no séc. IV d.C., permaneceu soterrado até 1798,
ano em que as ruínas foram descobertas durante a reconstrução
pós-Terramoto. Oculto sobre prédios,desde 1964 diversas campanhas
arqueológicas recuperararm parte das bancadas, da orquestra, da
boca de cena e do palco, para além de um conjunto de elementos
arqueológicos e decorativos.
As
coordenadas levam-te à parte lateral de um edificio em Lisboa com
quatro blocos de pedra embutidos na parede. Estes blocos contêm
inscrições romanas - entre os quais figura o nome de Olisipo - e
provêm de um templo dedicado a Cibele existente neste local. Elas
foram encontradas a quando da construção do actual edificio após o
terramoto de Lisboa. Use o número da porta (que dá para o largo)
deste edificio - E - para
obter a coordenada final. Para confirmação,
E é também o resultado da
soma dos dois números existentes mesmo em frente a estes blocos, um
em cima de uma janela e outro de uma porta fechada à muito
tempo:
aos minutos da latitude some
(2xE+3)
aos minutos da longitude diminua
(28*E+2)
Boas cachadas
na Olisipo.
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